sexta-feira, 26 de julho de 2013

O EVANGELHO ASSUME A FEIÇÃO DOS JOVENS

Os jovens estão nos dando testemunho da perene vitalidade do Evangelho
 Quando do primeiro “encontro mundial” do Papa com a Juventude, em 1984, a preocupação era garantir que a grande diferença de idade não inviabilizasse o diálogo. Colocar frente a frente gerações tão diferentes parecia provocar o desencontro. A iniciativa tinha sido de João Paulo II, o incansável peregrino, obstinado a se encontrar com todo o mundo. Dessa vez a aposta era com a juventude. E o resultado foi surpreendente: entre o ancião que representava a velha guarda, e os jovens que representavam as novas gerações, na verdade havia muito mais concordâncias do que divergências, mais sintonias do que dissonâncias, mais empatia do que oposição. 
Esta primeira experiência acendeu a luz inspiradora, para construir uma plataforma dinâmica de diálogo entre a Igreja e a juventude de nosso tempo. Outro fato concomitante veio corroborar esta proposta: a ONU acabava de estabelecer 1985 como o “Ano Internacional da Juventude”.
O Papa não perdeu tempo: convocou outro encontro com os jovens, ainda em 1985, e nele expôs sua intenção de criar a “Jornada Mundial da Juventude” (JMJ), a ser realizada em cada ano, por todas as dioceses, no Domingo de Ramos. Também ficou estabelecido que, a cada dois ou três anos, haveria Jornadas da Juventude, em grandes cidades do mundo, que contariam com a presença do papa. E assim já aconteceu em 1986, ano em que se realizou a primeira JMJ, que inaugurou a série que continua até hoje.
O fato é que os jovens se tornaram, através das Jornadas Mundiais, uma referência positiva de sensibilidade cristã, de vontade de recuperar valores perenes que motivam nossa existência, e sobretudo de generosidade em abraçar as causas da humanidade e a missão da Igreja. Nem é de estranhar que entre juventude e Evangelho exista uma profunda afinidade e uma mútua cumplicidade. Pois na verdade o Evangelho sempre traz a dinâmica da renovação, da recuperação de sentido, da mudança e da conversão pessoal com repercussões na sociedade.
Não é por nada que por definição, o “evangelho” é uma “Boa Notícia”, que tem a força de se renovar sempre, encontrando nas “novas gerações” a porta aberta para entrar e ser acolhida. Se nos perguntarmos o que está acontecendo nestes dias com a JMJ, podemos dizer que é o Evangelho assumindo as feições da juventude de hoje, e mostrando de novo como ele é o caminho verdadeiro para a plena realização de nossa vida. Os jovens estão nos dando o testemunho da perene vitalidade do Evangelho de Cristo.

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