quarta-feira, 3 de julho de 2013

MAIS UMA VEZ O AMOR, O TÃO FALADO AMOR,

Um menino de nove anos, mal vestido, em pleno inverno, contemplava, desde a calçada, as infinitas possibilidades contidas numa loja. Ele nem mesmo tinha sapatos. Com surpresa sentiu uma mão carinhosa sobre sua cabeça. Era uma senhora distinta e perguntou-lhe se ele desejava algo da loja? E sem esperar resposta levou a criança para dentro e pediu ao vendedor que providenciasse para ela um terno completo, meias e sapatos. Vinte minutos depois, limpa, bem vestida e aquecida, a criança se transformara. E antes que sua benfeitora desaparecesse, o menino segurou sua mão, olhou seu rosto e, com lágrimas nos olhos, perguntou: - A senhora é a mulher de Deus?
Este pequeno fato foi selecionado pelo escritor italiano Leo Buscaglia, falecido em 1998. Outra pequena história fala de uma criança que rezava todas as noites pedindo a Deus um sapato. E diante da gozação de seus colegas que Deus não ouvira seu pedido, o menino garantiu: Deus escutou sim, mas a pessoa, encarregada por Ele, esquecera de cumprir esta tarefa.
O legalismo dos doutores da lei, nos tempos de Cristo, catalogara mais de 600 mandamentos, alguns positivos e outros negativos. Certo dia, um escriba interrogou o Mestre sobre qual o maior mandamento.
Uns garantiam que todos os mandamentos eram iguais, outros diziam que o descanso sabático era o maior preceito. Jesus apontou o amor a Deus como o maior mandamento, mas em seguida garantiu que um segundo mandamento era igual a este: o amor ao próximo. E não se trata de um amor qualquer. O cristão deve amar como Deus ama. Isto significa um amor sem restrições, que abrange até os próprios inimigos.
A vocação primeira e irrenunciável de qualquer pessoa é amar e ser amada. E daí surgem a plena realização ou a frustração total. É verdade que nem tudo o que se chama de amor é amor de verdade. Seguidamente é confundido com o sexo, outras vezes com o egoísmo. O amor de verdade tem como referência a Deus que é amor. São Paulo garante que este amor é um caminho que ultrapassa todos os outros caminhos. “O amor nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor, tudo crê, tudo desculpa, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca acabará” . E Dante Alighieri conclui a Divina Comédia dizendo: “O amor move o sol e as outras estrelas”.
O amor de Deus - que é infinito -, hoje, só pode visibilizar-se através de seus filhos e filhas. Temos em mãos a infinita capacidade de revelar Deus-amor à humanidade. E Leo Buscaglia observa: “Frequentemente subestimamos o poder do carinho, do amor, do sorriso amável, do elogio honesto. O menor ato de amor tem poder de transformar uma vida”.

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