terça-feira, 1 de novembro de 2011

15% DOS BRASILEIROS SOFREM DE ENXAQUECA

Pesquisa apresentada no Congresso Brasileiro de Cefaleia revela que existem diferentes razões para o desenvolvimento de dores de cabeça em diferentes regiões do Brasil. No Sul e Sudeste, é o estilo de vida mais estressante e competitivo que faz com que os indivíduos destas regiões desenvolvam dores de cabeça. A pesquisa constatou prevalência de enxaqueca, também chamada de migrânea, em 20,5% da população do Sudeste e em 16,4% no Sul. No que se refere à cefaleia crônica diária, as duas regiões têm taxas de prevalência de 6,2%.
No Centro-Oeste, Norte e Nordeste, a pesquisa demonstra a influência de um sistema mais precário de saúde pública, pois os indivíduos que têm cefaleias episódicas, se não diagnosticados e tratados adequadamente, evoluem para cefaleia crônica diária. A prevalência de enxaqueca nessas regiões é de 9,5% no Centro-Oeste; 8,5% no Norte; e 13,6% no Nordeste. Já a cefaleia crônica diária incide em 11,8%, 10,2% e 7,7% da população dessas regiões, respectivamente.
Considerando-se o país como um todo, o estudo mostrou que 15,2% dos brasileiros têm enxaqueca/migrânea, 13% cefaleia tensional e 6,9% cefaleia crônica diária. Consultar um neurologista e fazer o tratamento indicado para cada tipo de dor de cabeça, além de proporcionar um alívio da crise, pode até curar o paciente. No caso de enxaqueca, por exemplo, fazer um tratamento correto com um neurologista pode reduzir em 60% ou mais as crises. De acordo com Marcelo Ciciarelli, diretor científico da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe), 30 milhões de brasileiros têm enxaqueca.
O presidente da SBCe, Carlos Bordini, lembra que nunca se deve tomar medicamento sem um diagnóstico médico. "Não se deve tomar remédio mais de uma vez por semana e na primeira alteração no tipo da dor é preciso procurar um médico", alerta. Segundo a Organização Mundial da Saúde, metade da população toma remédio sem prescrição médica. No Brasil, por ano, 20 mil pessoas morrem por ingestão de medicamento por conta própria.
Existem cerca de 300 tipos de dores de cabeça e a maioria exige tratamento longo para cura ou amenização. Os tipos mais comuns são a migrânea e a tensional, como confirmou a pesquisa.
No último ano, 72% da população brasileira entre 18 e 79 anos tiveram dor de cabeça. As mulheres são as mais afetadas: 60% delas sofrem de cefaleia e em mais da metade dos casos o impacto da dor é de moderado a intenso. As crianças também não estão livres dessas dores. Aos seis anos de idade, 39% delas já sentem dor de cabeça, e aos 15 anos aumenta para 70% o índice. Há mais de 200 causas que levam às dores de cabeça, entre elas estão as questões hormonais nas mulheres, má alimentação, pouca prática de exercício físico e o estresse.



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