terça-feira, 28 de agosto de 2012

TRANSPORTES,GREVE E CAMPANHA POLÍTICA



Pelo menos dois fatos ocorridos na semana passada devem provocar desdobramentos na rotina do brasileiro. O primeiro foi deflagrado por servidores federais, que tumultuaram o país com uma greve, classificada por líderes de operação-padrão.
Dezenas de milhares de pessoas foram prejudicadas em rodovias, portos e aeroportos. Os servidores reivindicam reajustes salariais e para serem atendidos abusam do cidadão a quem eles deveriam servir. Todas as categorias de trabalhadores têm o direito de lutar por melhores salários, mas seus interesses não podem se sobrepor aos dos demais. O governo apresentou propostas. A tendência, porém, é de que esse movimento perdure.
O segundo também envolve o governo federal, desta
vez com benefícios à população. O programa de investimento em logística prevê concessão à iniciativa privada de diversos trechos de rodovias federais e 10 mil quilômetros de ferrovias.
A presidente Dilma Rousseff despertou para uma realidade que mostra um país estrangulado por deficiências de infraestrutura de transporte e sem recursos financeiros para enfrentá-las. Pode estar começando o fim da predominância excessiva do transporte rodoviário, opção que o Brasil adotou no final dos anos 1950. E vem aí projetos semelhantes para portos e aeroportos. O difícil, agora, é conseguir que sejam aplicados os R$ 133 bilhões projetados pelo governo. Mas o primeiro passo foi dado.
A atual semana vem com outra mudança. Nesta terça 21 teve início o horário político no rádio e na TV. Até 4 de outubro, os candidatos a prefeito, vice e vereador terão oportunidade de apresentar planos e propostas. Muitos eleitores demonstram aversão à propaganda política. Devem repensar essa posição. Acompanhar com atenção e senso crítico, avaliar e refletir são fundamentais para escolher os melhores - e depois cobrar dos eleitos o que prometeram.

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