quarta-feira, 15 de agosto de 2012

OS ATLETAS DE OURO


Vimos atletas do mundo inteiro a competirem, se possível por uma medalha de ouro e pelo reconhecimento, aplauso, fama, talvez garantia de mais apoio e dinheiro. Gastaram-se bilhões de dólares para recebê-los dignamente, já que é uma competição entre os excelentes.
As Olimpíadas, de certa forma, nasceram para desviar a atenção da guerra. Não conseguiram, mas ajudaram jovens das mais diversas cidades e, mais tarde, dos mais diversos povos e países, a revelar o seu valor sem ferir ou matar o outro; a se cumprimentarem, a saberem vencer ou perder e a aplaudir quem os superou naquele dia. Outro dia será outro dia. Todos eles sabem disso!
É outro tipo de heroísmo. A atleta que venceu por um centímetro abraça a adversária que chora. Os atletas que ficam em segundo e terceiro, aplaudem o vencedor. Há esperanças. Pena que isso dure menos de um mês, ainda assim com lances de política partidária ou marketing do país que gastou todo aquele dinheiro.
O ouro dos atletas faz pensar. Hoje alguém vence por um segundo; amanhã perderá por um décimo de segundo. São vitórias efêmeras, mas não deixam de ser vitórias. Não admira que haja sistemas políticos e religiões que capitalizem nessa ideia: vencedores em Cristo, vencedores pró-Islã, vencedores pró-socialismo, capital vencedor! Ore e vença, venha conosco e vença! Há um tipo de Olimpíada que aproxima. Há outro que separa e discrimina. Lutemos pela que aproxim
a! A outra, já sabemos aonde leva!

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