quarta-feira, 1 de agosto de 2012

MILHO COM IDENTIDADE.


O novo padrão oficial de classificação do milho, que entra em vigor a partir de 1º de setembro de 2013, influi diretamente na vida da população. O que vai ocorrer com o milho já acontece com o arroz e o feijão. “Ao comprar um grão do “tipo I”, por exemplo, o consumidor sabe que está adquirindo um alimento de melhor qualidade, maior percentual de grãos inteiros e maior rendimento no cozimento”, explica Marco Aurélio Pimentel, pesquisador da Embrapa.
No caso do milho, o atual padrão oficial de classificação tem 36 anos (de 1976) e apresenta-se defasado, já que não atende mais às necessidades e exigências dos mercados consumidores. O novo padrão tem o objetivo de atualizar os limites de tolerância para atender às exigências mercadológicas. “Isso permite que a norma seja aplicada na safra 2013/2014, o que dará tempo suficiente para que os produtores se adaptem às novas exigências de classificação”, afirma o coordenador de Qualidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Fábio Fernandes.
Uma das principais diferenças está na diferenciação do padrão de qualidade do milho pipoca para o milho comum. “Antes, havia um padrão único para os dois produtos”, lembra. A partir de 2013, o milho será classificado em grupos (duro, semi duro, dentado e misturado), classes (amarela, branca, cores e misturada) e tipos (I, II, III e fora de tipo), estabelecidos conforme a qualidade (ver tabelas). Além disso, haverá alteração quanto ao percentual mínimo de grãos com as características do grupo para o enquadramento.
Limites - Os limites máximos de tolerância de grãos ardidos, mofados, quebrados, carunchados, matérias estranhas e impurezas foram revisados e tornaram-se mais rígidos. Pelas novas regras oficiais, para o grão ser classificado como milho “Tipo 1”, por exemplo, em cada tonelada poderá haver até 6% de grãos avariados, enquanto que atualmente seria permitido até 11% desses grãos por tonelada.
Os novos limites exigem a adequação de produtores, armazenistas e indústrias quanto aos cuidados com os grãos na manutenção da qualidade, desde o cultivo, no manuseio, no transporte, no acondicionamento e com técnicas de controle de pragas e de armazenamento.
Impacto - De acordo com o pesquisador da Embrapa, o novo padrão de classificação trará vantagens aos consumidores pela disponibilidade de alimentos à base de milho com melhor qualidade, devido ao maior rigor nos limites de tolerância. Por outro lado, sustenta Pimentel, produtores rurais, cooperativas e indústrias também serão beneficiados pelo novo padrão.
Os produtores terão que se adequar ao uso de sistemas de produção que forneçam grãos com maior qualidade, como o Sistema de Produção Integrada, terão de fazer uso adequado de máquinas colhedoras, de sistemas de secagem, estruturas e práticas de armazenamento que permitam alcançar maior qualidade dos grãos na pós-colheita.

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