terça-feira, 21 de agosto de 2012

RIO 2016 SERÁ O PRÓXIMO ENCONTRO OLÍMPICO


Lição de 2012: Brasil precisa melhorar desempenho para figurar entre as potências olímpicas

O espetáculo de abertura foi repetido no encerramento da Olimpíada de Londres. Houve exageros no uso de leds, mas palco igual jamais será repetido. O Estádio Olímpico reuniu muitos dos maiores talentos musicais do mundo, em especial do rock’n’roll, com pequena dose de humor. No domingo 12, após 17 dias de competições, ídolos como George Michael, Spice Girls e The Who dividiram espaço com dois gigantes da música britânica já falecidos, John Lennon e Freddy Mercury, levando o público ao delírio.
Mas a Olimpíada de 2012 representou bem mais do que o inigualável show musical. Em Londres os Estados Unidos reassumiram a hegemonia olímpica, as competições confirmaram duas lendas do esporte, Michael Phelps e Usain Bolt, e a tradição de superação e perseverança, com frustrações e surpresas.
Desde o momento em que o prefeito de Londres, Boris Johson, passou a bandeira das Olimpíadas para o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, que repassou-a ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, no domingo à noite, a cidade carioca passou a ser a guardiã oficial do evento. Além do hino e das cores brasileiras, uma apresentação de 8 minutos deu ao mundo uma mostra do que o Rio será capaz de oferecer.
Criada pelos diretores Cao Hamburguer e Daniela Thomas, contou com o gari Renato Sorriso, os cantores Marisa Monte, Seu Jorge, e BNegão e a top model Alessandra Ambrósio, além de índios “high-tech”, capoeira e maracatu, entre outros elementos. No centro do palco montado, o famoso gari Renato Sorriso sambava enquanto um segurança inglês tentava retirá-lo dali. Tudo não passava de uma encenação, até que finalmente todos estivessem contagiados pelo ritmo brasileiro. Seu Jorge e Marisa cantaram “Aquele Abraço”, sucesso de Gilberto Gil.
O Brasil precisará de muito mais que sua riquíssima cultura para organizar os Jogos Olímpicos e também para melhorar seu desempenho. A expectativa gerada pela delegação de 259 atletas não foi devidamente correspondida. Com 17 medalhas, duas de bronze a mais do que em Pequim, o país ficou distante do topo do ranking, numa modesta 22ª colocação. Poderia ter ido muito melhor, em particular se alguns favoritos não decepcionassem. A recuperação pode vir em 2016, mas para isso, mais do que uma preparação exclusiva para o Rio, tem de ser implantada uma política de esporte que transforme o país do futebol em um país olímpico.

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