quarta-feira, 1 de agosto de 2012

RISCOS E AVANÇOS NA EDUCAÇÃO.

Os índices variam, mas todos os estudos divulgados nos últimos anos mostram a expansão do volume de acessos ao sistema escolar no Brasil. Tem mais criança estudando, não há dúvida. As incertezas começam a aflorar quando se investiga a qualidade da formação desses alunos.
O Indicador do Alfabetismo Funcional (Inaf) 2011-2012, pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro e a organização não governamental Ação Educativa, revelou que apenas 26% dos brasileiros podem ser considerados plenamente alfabetizados. Foram entrevistadas duas mil pessoas, de 15 a 64 anos, para aferir a capacidade de leitura e compreensão de textos e aplicar operações de raciocínio lógico. O resultado gerou quatro grupos: analfabetos, alfabetizados em nível rudimentar, alfabetizados em nível básico e plenamente alfabetizados. Os chamados analfabetos funcionais representam 27% da população e os de nível básico, 47%.
O percentual de alfabetizados em nível pleno é o mesmo constatado em 2001. Reflete, portanto, uma realidade preocupante: houve avanços na fase inicial do alfabetismo, mas não o suficiente para atingir o pleno domínio de habilidades imprescindíveis à inserção na sociedade letrada - e, de certa forma, no mercado de trabalho.
O estudo também indica que quanto maior for a renda familiar, menor é a proporção de alfabetizados rudimentares. Mais do que isso: o esforço para aumentar a escolaridade e buscar o ensino superior não produz os ganhos de aprendizado esperados.
Fica evidente a opção pela quantidade, reeditando política adotada no período da Ditadura Militar, quando multiplicaram-se as vagas em faculdades sem o devido investimento para a qualificação do ensino. Lamentavelmente, a situação se repete, comprovando que a educação, classificada nos discursos como alavanca para o sucesso do país, segue longe de ser real prioridade.

Dados como estes aumentam muito a importância a ser dada a inauguração, neste dia 30 de julho de 2012, de mais uma rosa de Lutero no Campus Arnoldo Schneider da FAHOR - Parabéns, sucesso e longa vida a nossa Faculdade, seus dirigentes, colaboradores e Horizontina, que tanto se orgulha de estar formando profissionais de qualidade para o país e o mundo.

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