Para começo de história, convém dizer que nem todas as frases da
Bíblia servem para definir dogmas. “A Bíblia diz isto e basta. Está dito”. Os
primeiros onze capítulos do Gênesis são míticos e nunca devem ser lidos como
históricos. O referido versículo está dentro da compreensão mítica. Não podemos
pensar numa mulher concreta e, menos ainda, numa cobra falante. No relato de
Gilgamesh o homem busca a imortalidade numa árvore da vida, mas uma serpente
rouba esta árvore, devorando-a. Por isso, a serpente se renova, revive, ao
trocar a pele.
Nesta visão mítica a serpente é vista como a inimiga do ser
humano. Além do mais, a serpente era uma deusa de Canaã e também símbolo da
monarquia, no Egito. Logo, a serpente é símbolo do mal. Ela foi causa da
desgraça dos humanos. Ela foi soberba, ocupando o lugar de Deus, pois mandou
fazer o que Deus proibiu.
Ela trouxe o mal aos humanos, mas não é vencedora, pois o bem vence. Por isto, a descendência da mulher (humanidade) vai derrotar a serpente, embora ela sempre estará a prejudicar. A soberba serpente vai ter de se arrastar pelo chão, comer o pó. É uma figura do mal que quer ser igual a Deus e por fim só terá seu verdadeiro lugar: a derrota. Arrastar-se pelo chão e comer poeira é símbolo da derrota de quem tinha ambição de ser deus.
Ela trouxe o mal aos humanos, mas não é vencedora, pois o bem vence. Por isto, a descendência da mulher (humanidade) vai derrotar a serpente, embora ela sempre estará a prejudicar. A soberba serpente vai ter de se arrastar pelo chão, comer o pó. É uma figura do mal que quer ser igual a Deus e por fim só terá seu verdadeiro lugar: a derrota. Arrastar-se pelo chão e comer poeira é símbolo da derrota de quem tinha ambição de ser deus.
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