terça-feira, 7 de agosto de 2012

PAGUE O PREÇO DOS SEUS SONHOS.


Acena se passa na Rússia. Uma garotinha chamada Anna tinha encantos pela dança. Ela era sucesso na escola e por isso foi aconselhada a ingressar no famoso Balé Bolshoi. Era a chance de realizar seu grande sonho. Fizera milhares de horas preparando-se para aquele momento. Quando terminou a apresentação, dirigiu-se ao maestro, esperando a aprovação. Serei uma grande dançarina? Com olhar impassível, ele disse: não, você nunca será uma grande dançarina.
Decepcionada, desiludida voltou para casa e chorou muito. Quando as lágrimas secaram, procurou emprego numa loja. Os anos se passaram e um dia voltou ao teatro para assistir um espetáculo do Balé Bolshoi. Lá estava o maestro que liquidara sua carreira. E aproximando-se dele contou sua história, lembrou o não que mudara sua vida. O maestro esclareceu: eu sempre digo a mesma coisa para todas as candidatas. As que aceitam o primeiro não como decisivo nunca poderão ser grandes artistas.
Na vida, recebemos muitas recusas. A partir daí entra nosso caráter. Algumas pessoas aceitam o não; outras dão a volta por cima. Giuseppe Verdi foi ridicularizado no Scala de Milão. Disseram-lhe que teria melhor êxito no mercado público, vendendo repolhos. Churchill, grande estadista inglês, rodou três anos consecutivos na escola primária, Demóstenes, o maior orador grego da antiguidade, era gago. William Kennedy, um dos maiores escritores norte-americanos, teve os originais do livro Vernônia, recusado por uma dúzia de editoras, até tornar-se sucesso. Thomas Edison tentou duas mil vezes antes de inventar a lâmpada. Ele, anos mais tarde, garantia: “Nossa maior fraqueza é a desistência. O caminho mais certo para obter sucesso é tentar mais uma vez”.
Perseverança, não se deixar abater pelas críticas, confiança, capacidade de superar os fracassos, saber recomeçar mil vezes compõem a biografia dos vitoriosos. O próprio Edison dizia: “Não fracassei nenhuma vez; descobri 1.999 maneiras que não poderiam dar certo”. O fracasso desafia a começar de novo, de um jeito melhor. Não basta ter sonhos, mas é necessário pagar o preço desses sonhos. A história não fala dos que desistiram depois de um ou dez fracassos. Fala dos que lutaram até obter o sucesso. A pior frustração será o lamento: o que fiz dos meus sonhos?
Isto vale para o amor, para a fé, para as finanças, para a arte, para todas atividades humanas. E não se trata de uma postura para os primeiros vinte ou trinta anos de vida. Uma das grandes glórias humanas é morrer em meio a uma grande batalha. São Paulo teve muitos insucessos, foi preso, sofreu naufrágios e perseguições. Mesmo assim, no fim da vida, fazia uma síntese de sua atuação: “Combati o bom combate, guardei a fé, resta-me agora a recompensa que o justo juiz me dará” . A existência é uma dança. Não pare enquanto a música da vida estiver tocando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário