terça-feira, 7 de agosto de 2012

ALIMENTO FORTALECE AS DEFESAS DO BEBÊ

Os bebês devem ser alimentados exclusivamente com leite materno até os seis primeiros meses de vida e, em conjunto com outros alimentos, até os dois anos de idade ou mais. Essa é a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, após uma série de pesquisas realizadas no Brasil e no mundo que comprovaram que os bebês que mamam no peito desenvolvem melhor e têm menos doenças, já que o alimento materno contém todos os nutrientes que a criança necessita, na quantidade exata. Por isso, ela não precisa de outros alimentos ou bebidas neste período, nem mesmo água.
Para as mães, amamentar também faz bem à saúde, já que o ato ajuda a diminuir o volume do útero, evita a hemorragia no período pós-parto, reduz os riscos de contrair câncer de mama e osteoporose, facilita a recuperação do peso corporal e protege contra anemia, entre outros benefícios físicos e psicológicos, como o fortalecimento do vínculo entre mãe e filho. Além de alimentar o próprio filho, a mulher pode ainda doar o excesso para um banco de leite e ajudar a alimentar bebês prematuros ou doentes internados em hospitais ou outras crianças cujas mães estão impedidas de amamentar.
“Todas as explicações sobre as vantagens da amamentação já foram exaustivamente expostas e explicadas; mesmo assim, no Brasil, nossa média de aleitamento materno exclusivo é de apenas 54 dias”, declara o pediatra Yechiel Moises.
Na tentativa de promover a prática da amamentação, desde 1992 celebra-se, em 120 países, inclusive no Brasil, a Semana Mundial de Aleitamento Materno, de 1º a 7 de agosto. Este ano, o tema é “Entendendo o passado, planejando o futuro”. A ideia é avaliar tudo o que já foi feito e planejar o que mais pode ser efetivado para ajudar as mães a alimentar mais favoravelmente os lactentes e crianças na primeira infância.
Moises afirma que a introdução da alimentação complementar; como sucos, frutas e papinhas salgadas; deve iniciar apenas após o sexto mês de vida do bebê. Assim, segundo ele, se evitaria a alta incidência de obesidade infantil e alergia alimentar. Entretanto, pesquisas diversas apontam a absurda oferta de biscoitos recheados, lasanha, macarrão instantâneo e outra gama grande de alimentos a crianças menores de um ano.
Outro alerta que o pediatra faz refere-se ao uso do leite de soja, que deve ser evitado até os seis meses; e ao leite de vaca integral, que não deve ser oferecido à criança antes que ela complete um ano. “Se essas orientações não forem seguidas, há riscos hormonais e de obesidade, além do aumento da incidência da alergia alimentar”, diz Moises. “A alergia à proteína do leite de vaca é responsável por 85% dos quadros de alergia alimentar e a soja corre junto com o leite de vaca nessa questão e nos risc
os hormonais”, afirma.

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