Os bebês devem ser alimentados exclusivamente com
leite materno até os seis primeiros meses de vida e, em conjunto com outros
alimentos, até os dois anos de idade ou mais. Essa é a recomendação da
Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, após uma série de
pesquisas realizadas no Brasil e no mundo que comprovaram que os bebês que mamam
no peito desenvolvem melhor e têm menos doenças, já que o alimento materno
contém todos os nutrientes que a criança necessita, na quantidade exata. Por
isso, ela não precisa de outros alimentos ou bebidas neste período, nem mesmo
água.
Para as mães, amamentar também faz bem à saúde, já que o ato ajuda a
diminuir o volume do útero, evita a hemorragia no período pós-parto, reduz os
riscos de contrair câncer de mama e osteoporose, facilita a recuperação do peso
corporal e protege contra anemia, entre outros benefícios físicos e
psicológicos, como o fortalecimento do vínculo entre mãe e filho. Além de
alimentar o próprio filho, a mulher pode ainda doar o excesso para um banco de
leite e ajudar a alimentar bebês prematuros ou doentes internados em hospitais
ou outras crianças cujas mães estão impedidas de amamentar.
“Todas as
explicações sobre as vantagens da amamentação já foram exaustivamente expostas e
explicadas; mesmo assim, no Brasil, nossa média de aleitamento materno exclusivo
é de apenas 54 dias”, declara o pediatra Yechiel Moises.
Na tentativa de
promover a prática da amamentação, desde 1992 celebra-se, em 120 países,
inclusive no Brasil, a Semana Mundial de Aleitamento Materno, de 1º a 7 de
agosto. Este ano, o tema é “Entendendo o passado, planejando o futuro”. A ideia
é avaliar tudo o que já foi feito e planejar o que mais pode ser efetivado para
ajudar as mães a alimentar mais favoravelmente os lactentes e crianças na
primeira infância.
Moises afirma que a introdução da alimentação
complementar; como sucos, frutas e papinhas salgadas; deve iniciar apenas após o
sexto mês de vida do bebê. Assim, segundo ele, se evitaria a alta incidência de
obesidade infantil e alergia alimentar. Entretanto, pesquisas diversas apontam a
absurda oferta de biscoitos recheados, lasanha, macarrão instantâneo e outra
gama grande de alimentos a crianças menores de um ano.
Outro alerta que o
pediatra faz refere-se ao uso do leite de soja, que deve ser evitado até os seis
meses; e ao leite de vaca integral, que não deve ser oferecido à criança antes
que ela complete um ano. “Se essas orientações não forem seguidas, há riscos
hormonais e de obesidade, além do aumento da incidência da alergia alimentar”,
diz Moises. “A alergia à proteína do leite de vaca é responsável por 85% dos
quadros de alergia alimentar e a soja corre junto com o leite de vaca nessa
questão e nos riscos hormonais”, afirma.
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