segunda-feira, 11 de novembro de 2013

SOMOS O RESULTADO DAS ESCOLHAS FEITAS.

O bem e o mal estão, seguidamente, no mesmo rosto: o nosso. A fronteira entre o bem e o mal, entre o pecado e a graça, passam dentro de nós. E isso porque temos a possibilidade do melhor e do pior. É o problema das escolhas. A mesma humanidade que se encanta com algumas pessoas, pergunta-se como foi possível o surgimento de um grande traficante. Nascemos, vivemos e morremos divididos. O apóstolo Paulo admitia: “Não faço o bem que eu quero, mas o mal que não quero”.
Ao longo da vida, a cada momento, precisamos escolher. E cada um de nós é o resultado das escolhas feitas. Fazemos nossas escolhas e somos o resultado dessas escolhas. Por vezes, procuramos justificativas para nossos erros: os outros, sempre os outros. Na realidade, todas as escolhas são nossas, mesmo admitindo a precariedade de nossa liberdade, cheia de condicionamentos. E as escolhas de ontem preparam o hoje. E com as escolhas de hoje desenhamos o amanhã.
Mas esta não é uma lógica fatalista. A mudança é sempre possível, para o melhor e para o pior. O Evangelho nos mostra que a possibilidade de mudança é concreta: o coxo passa a andar, o cego começa a enxergar, o leproso é limpo, a mulher adúltera recupera a dignidade e até o morto ressuscita. Pedro, que traiu e negou o Mestre, torna-se o primeiro Papa. Judas, um apóstolo ardoroso, acolhe a traição.
O fatalismo não engessa as pessoas. Cada um de nós é responsável e resultado das suas escolhas. Mas as escolhas que valem não são as de ontem. São aquelas que fazemos hoje. A cada dia escolhemos o que queremos ser. Quase sempre, por comodismo, escolhemos continuar do jeito que somos. A cada dia podemos aperfeiçoar nossas escolhas. Dentro de nós geme um pecador e sonha um santo. É questão de escolha.

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