terça-feira, 17 de setembro de 2013

UMA GRAVE AMEAÇA À VIDA DE TODOS.

Se uma fonte pode fornecer, em condições normais, 100 litros de água por segundo e dela são retirados 150 litros por segundo, ela acabará secando. O exemplo, embora simples, pode definir a relação entre o consumo humano de recursos naturais e a capacidade que a Terra tem de regeneração. O homem está tirando do planeta muito mais do que ele pode dar, e não é só com a água que isso vem ocorrendo: é com as florestas, com o ar, com a fauna...
O relatório do Fundo Mundial para a Natureza, tradução para WWF, é mais um alerta na tentativa de conscientizar a humanidade sobre os riscos que está impondo ao meio ambiente. Com exageros de consumo em países ricos e destruição motivada pela ganância, os recursos naturais estão sendo esgotados.
Quando se constata que as extravagâncias de consumo já excedem em 30% a capacidade da Terra e que, mantido o atual ritmo, em 2030 a demanda exigirá dois planetas, a conclusão é que uma parcela da população terá de passar por privações que poderão inclusive ser fatais. De certa forma isso está acontecendo. Para atender ao estilo de vida de seus habitantes e ao crescimento econômico, países extraem cada vez mais o capital ecológico de outras regiões do mundo.
Na lista de “devedores ecológicos” estão nações como Estados Unidos, Dinamarca e Canadá. Na de “credores”, países miseráveis, como o Congo. Mas quem acredita que um dia haverá acerto de contas?
Independente de mais uma injusta desigualdade que se estabelece entre pobres e ricos, o cenário preocupante impõe que todos repensem seus estilos de vida. Porque não se trata de uma crise financeira, que em dois ou três anos tende a ser superada. O risco é de um desastre ecológico, com o desaparecimento de recursos naturais que são a base de toda a vida. Ou o consumo passa a ser sustentável, ou a fonte vai secar.

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