quinta-feira, 12 de setembro de 2013

CHAMA FARROUPILHA

Festejos mantêm viva a história e a cultura dos gaúchos
 
Em setembro, mais do que em qualquer outra época do ano, o Rio Grande do Sul vivencia o tradicionalismo. Neste mês, todo o Estado se mobiliza para os festejos da Semana Farroupilha. As comemorações relembram a Guerra dos Farrapos contra o Império, cujo marco inicial se deu em 20 de setembro. Também representam um momento especial de culto às tradições, com o objetivo de manter viva a história e a cultura dos gaúchos.
Além da simbologia oficial, definida por legislação estadual específica, alguns símbolos afetivos foram incluídos na lista por sua representatividade junto à sociedade, como a Chama Crioula.

Chama – A Chama Crioula foi criada quase à meia-noite de 7 de setembro de 1947, em Porto Alegre, por um grupo de estudantes liderados por João Carlos D’Ávila Paixão Cortes. Antes da extinção da Pira da Pátria, eles retiraram uma centelha da chama, utilizando um cabo de vassoura com trapos enrolados na ponta. Eles conduziram a centelha, a cavalo, ao saguão do colégio Júlio de Castilhos, onde ardeu em um candeeiro até a meia-noite do dia 20 de setembro. Durante esse período, os jovens realizaram uma programação com cantos, poesias, palestras e exposições sobre a cultura gaúcha. O gesto improvisado lançou as bases do Movimento Tradicionalista Gaúcho, que hoje se espalha pelo mundo.
Vindos da Campanha para Porto Alegre, os jovens estudantes sentiam falta dos hábitos do campo. Naquela época, na capital urbana, era ridículo andar de bombachas e não era costume tomar chimarrão nas praças. Chegaram a ser vaiados e zombados. A cultura do Rio Grande do Sul estava se perdendo, mas a Chama Crioula acendeu novamente o orgulho de ser gaúcho.
Milhares de cavaleiros de todo o Rio Grande do Sul vão todos os anos buscar uma centelha da chama, com o intuito de levar até as demais regiões do Estado para os festejos da Semana Farroupilha.

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