quarta-feira, 4 de setembro de 2013

NOVA TERAPIA GANHA ESPAÇO

A terapia fotodinâmica tópica vem ganhando mais espaço no Brasil graças à sua simplicidade e segurança no tratamento de alguns tipos de câncer de pele. A técnica, que evita os cortes cirúrgicos, já estava sendo usada no tratamento do carcinoma basocelular, o mais comum dos tumores de pele. Recentemente, o Ministério da Saúde também a liberou para o tratamento do carcinoma espinocelular em estágios iniciais. Esses dois tipos de câncer de pele são responsáveis por 95% dos casos da doença no país. Só no ano passado, foram registrados 115.000 novos casos no Brasil.
A técnica consiste na aplicação de um creme fotossensível que, exposto à luz vermelha, deflagra na pele uma série de reações químicas que causam a morte das células cancerosas. A recuperação total dura de sete a dez dias e por 48 horas é preciso proteger a área tratada do sol.
A técnica antiga, a terapia fotodinâmica (não tópica), começou a ser usada nos anos 60. A substância fotossensível era injetada. Depois disso, o paciente precisava ficar no escuro por uma semana, até eliminar toda substância, pois a exposição ao sol ou até mesmo à luz doméstica poderia causar queimaduras graves.
Como atinge apenas as camadas superficiais da pele, a nova técnica não é indicada para o tratamento do melanoma, a forma mais agressiva de câncer de pele. Nessa área, a esperança vem de um estudo do Centro Nacional de Pesquisa de Madri (Espanha). Os cientistas descobriram uma substância que induz a autodestruição das células do melanoma por meio de dois processos naturais de morte celular. O experimento, aplicado por enquanto apenas em ratos, pode abrir caminho para o desenvolvimento de novos remédios.

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