terça-feira, 17 de setembro de 2013

PROFISSIONAIS DA SAÚDE COMEÇAM A ATUAR

Depois de muitas críticas e protestos da classe médica, incluindo ofensas dirigidas aos profissionais estrangeiros em sua chegada ao país, começam a trabalhar os médicos inscritos na primeira fase do programa Mais Médicos, lançado pelo governo federal em julho com o objetivo de ampliar o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em todo o país, 1.096 médicos brasileiros confirmaram sua participação no programa. Eles começam a atuar em 454 municípios e 16 distritos indígenas. O Rio Grande do Sul recebe nessa primeira fase 57 médicos, para 26 cidades. A maioria (51,5%) dos profissionais vai para periferias de capitais e regiões metropolitanas, os 48,5% restantes, para cidades do interior e regiões de alta vulnerabilidade social.
“São médicos que vão contribuir com a atenção básica, onde 80% dos problemas de saúde da população são resolvidos”, disse Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde. Eles atuarão, por três anos, nas unidades básicas de saúde em cidades do interior e nas periferias de grandes cidades, recebendo bolsa mensal de R$ 10 mil, custeada pelo Ministério da Saúde. Nesse período, o custeio da moradia e alimentação dos médicos do programa é responsabilidade dos municípios.
Os brasileiros tiveram prioridade no preenchimento dos postos apontados. As vagas remanescentes foram oferecidas primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e, em seguida, aos estrangeiros, que atuarão com autorização profissional provisória, restrita à atenção básica e nas regiões onde serão alocados pelo programa.
Os 682 profissionais formados no exterior e selecionados na primeira etapa do programa estão finalizando treinamento sobre saúde pública e Língua Portuguesa. A aprovação nesta etapa é condição para que recebam o registro profissional provisório e comecem a atuar dia 16 de setembro.
Do total de médicos em treinamento, 282 são profissionais selecionados pelo edital do programa. Desses, 116 são brasileiros que se formaram em outros países. A maior parte dos estrangeiros é da Espanha (31), seguido dos argentinos (29), portugueses (17) e uruguaios (16).

Cubanos - Também estão neste grupo os 400 médicos cubanos que vieram ao país por meio de acordo entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para atender a população nas unidades básicas de saúde que fazem parte do universo de 701 cidades que não foram selecionadas por nenhum médico brasileiro nem estrangeiro durante as fases de seleção do programa. Inicialmente, 218 cidades serão atendidas por cubanos, sendo seis gaúchas.
Na segunda etapa do programa, aberta em 19 de agosto, 951 médicos concluíram o cadastro e estão aptos a trabalhar. Os selecionados nesta fase iniciarão as atividades em outubro. Com os municípios e distritos indígenas que aderiram ao programa, nas duas fases, a demanda total é por 16.625 médicos para 4.025 cidades.

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