sexta-feira, 9 de setembro de 2011

IMPRENSA:PRECISA TER UM POUCO DE AMOR

É engraçado: a imprensa chapa-branca produz jornalismo marrom – que privilegia uma determinada visão dos fatos, aquela sustentada pelo seu patrocinador.

Além do governo, o patrocinador pode ser um partido, um político ou uma igreja, conforme se vê na experiência brasileira dos últimos tempos. O que há de comum entre todos é a vinculação com alguma instância de governo, municipal, estadual e/ou federal.
O que distingue essa imprensa daquela livre e independente é o público e, de novo, o mercado. Jornalismo é caro. Por isso, produzir e veicular notícias tem que ser encarado como um negócio e uma missão.
Um negócio porque a liberdade e a independência da empresa de comunicação dependem da rentabilidade no mercado privado – e não no mundo das verbas oficiais. É preciso ganhar dinheiro para gastá-lo com as reportagens.
Ora, por que gastar com reportagens (notícias, informação, opinião) e não, digamos, com salsichas? Comida dá mais lucro. Eis por que o jornalismo, o empreendimento, requer algo mais do que o objetivo de ganhar dinheiro. Mal comparando, como ouvi certa vez: é como no casamento, não pode ser só por dinheiro, precisa ter um pouco de amor.

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