quarta-feira, 14 de setembro de 2011

DESCOBRI DE ONDE VEM A MÁ FAMA DOS JORNALISTAS

Lendo um livro sobre os barões da imprensa. Especificamente, os americanos e os ingleses. “A vida e a morte dos barões da imprensa” é o nome. O autor é o britânico Piers Brandon, colaborador de jornais como o Times e o Observer.
Me pergunto, depois de algumas páginas, de onde vem a nossa má fama. John Stuart Mill, um dos grandes filósofos do liberalismo, disse que os jornalistas eram uma categoria comparável à de “porteiros de bordéis”, tais e tantas “as mentiras e a hipocrisia” a que a profissão supostamente nos obriga.
Tenho em casa uma charge na qual um professor diz aos pais de um aluno que seu filho é maldoso, mentiroso, dissimulado – “todos os atributos, enfim, para se dar bem no jornalismo”.
A má reputação, aparentemente, se enraizou na origem da imprensa.
Os primeiros barões da imprensa, leio no livro, faziam dinheiro chantageando poderosos. Ameaçavam publicar coisas horríveis caso seus anseios financeiros não fossem satisfeitos.
Era uma prática que logo se globalizou. Assis Chateaubriand, o primeiro grande barão brasileiro da imprensa, montou o Masp por meio de expediente parecido. Doações de grandes quadros vieram quase sempre de achacamento. Empresários paulistas sofreram com Chateaubriand.
É.
Pensando bem, é realmente fácil entender nossa imagem.

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