segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A ÁSIA SALVARÁ O CAPITALISMO GLOBAL?

O McKinsey Global Institute  observa que a classe média chinesa compreende hoje 29% dos 190 milhões de lares do Império do Meio, e em 2025 alcançará espantosos 75% de 372 milhões de lares (se, claro, o experimento capitalista chinês não tiver, até lá, despencado de algum precipício, e a bolha imobiliária/financeira não explodir e afogar, na enxurrada, a sociedade).
Na Índia, com população de 1,2 bilhões, já há, segundo o Instituto McKinsey7, 15 milhões de lares com renda anual superior a 10 mil dólares; em cinco anos, as projeções indicam que serão 40 milhões de lares, ou 200 milhões de pessoas, naquele patamar de renda. E na Índia em 2011, como na China em 2001, a única saída é para cima (outra vez: enquanto durar essa retomada).
Aos norte-americanos, esses números talvez pareçam surreais (ou talvez comecem a preparar as malas de migrantes), mas renda anual de menos de 10 mil dólares/ano significa viver confortavelmente na China ou na Indonésia, enquanto, nos EUA, com renda familiar média de cerca de 50 mil dólares/ano, vive-se, praticamente, como pobre.
Só na China, 300 milhões de pessoas – ‘apenas’ 23% da população chinesa total – vivem hoje em áreas urbanas de médio a grande porte e recebem o que sempre se chamou “rendas das quais podem dispor”. Constituem, de fato, uma nação ‘só deles’, uma economia já equivalente a 2/3 da economia alemã.

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