Atranquilidade de pequenos povoados africanos foi interrompida por um elefante enlouquecido. O animal andava pelos caminhos e entrava nas aldeias causando destruição e mortes. Naquela região vivia um homem considerado santo pelo povo. Confiava cegamente em Deus e na sua providência. Em função disso, não levou a sério os avisos sobre a ferocidade do animal. Deus me protegerá dele, garantia o monge.
E essa tranquilidade foi mantida, alguns dias após, quando o monge avistou o animal. Enfurecido, o elefante arremeteu contra ele, ergueu-o do solo e o jogou contra uma árvore. Nisto chegaram forças de segurança que dominaram o animal e levaram o ferido a um hospital.
A um ancião, que foi visitá-lo, desabafou sua decepção com Deus. Ele o enganara com a promessa de segurança da providência. Nada aconteceu e ele poderia mesmo ter morrido. O ancião mostrou-lhe o engano. A providência não falhara e até mesmo encarregara a população de adverti-lo, mas o alerta do povo não foi levado a sério.
Certa mentalidade primitiva e fundamentalista acredita na intervenção de Deus diante dos menores
problemas. O milagre sempre é possível, mas é exceção.
Deus não pode servir de desculpa aos preguiçosos. Podemos rezar pedindo a Deus uma boa colheita, mas devemos cuidar bem da plantação. Podemos pedir a Deus a saúde, mas antes devemos cuidar bem dela e procurar um médico quando estivermos doentes. Podemos pedir a Deus o sucesso na prova decisiva da universidade, mas antes precisamos estudar. Precisamos sempre auscultar a voz de Deus, mas também devemos ouvir a opinião dos irmãos.
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