terça-feira, 1 de outubro de 2013

QUEM SEREI?

A palavra “agora” é a ideia-força que está na cabeça de muita gente e que está sendo difundida em muitos livros de auto-ajuda. Tem todo seu valor, contanto que não se esqueça de que somos passado, presente e futuro. A geração da meninada atual vive demais esse momento “agora” e está se tornando um problema para ela mesma e para a sociedade. Pode-se criar o hábito da cervejinha e da internet do agora e o resto que se dane. Vamos criando uma geração sem raízes e sem frutos.
Somos agora, o que fomos. Meu corpo é agora, saudável ou doente, resultado das bebidas que ingeri e dos alimentos que engoli. Sou agora em meu corpo, em meu sangue e em minhas células, em meus músculos e meus nervos, o que escolhi e permiti que fossem. Não é o destino que assim me fez. Sou eu que me faço. Minha mente é agora, saudável ou doente, resultado do que escutei, vi, estudei e deixei entrar em meu mundo intelectual. Minhas idéias, concepção da vida e do mundo são resultado do alimento que coloquei em meu cérebro. Tudo foi sendo registrado. Minhas emoções são, agora, resultado de ações e reações que entraram em minha vida, criando medos ou alegrias, ansiedades ou certezas. Diante do “sou agora assim” pode-se ter uma posição muito cômoda de dizer “me fizeram assim e sou assim e pronto”. Essa atitude é de irresponsabilidade. É necessário tomar-se na mão, tomar na mãos o passado e orientá-lo para viver bem o presente.
Serei o que sou. Posso saber como serei amanhã em meu corpo, em minha mente, em minhas emoções e em meu mundo espiritual. Estou determinando agora o que serei. Não há novidade e nem surpresas para o meu futuro. Amanhã serei o que estou colocando hoje em meu corpo. Serei dependente do combustível com o qual estou alimentando minha mente. Serei dependente da água com a qual estou regando meus desejos e emoções. Para quem se alimenta erradamente, a doença não será uma surpresa. Quem se alimenta de idéias e emoções negativas não será surpresa a tristeza e a angústia do amanhã. Quem não se alimenta com uma fé sadia e um amor verdadeiro, não se surpreenderá com idéias suicidas ou de uma vida sem sentido.
O destino está em minhas mãos. Não há o destino como algo traçado pelos astros, números ou outras magias. O destino é obra minha. Eu sou o artista de mim mesmo. Na verdade, sou sempre uma obra inacabada. Por isso, vou construindo o meu presente com as pedras do passado e, ao mesmo tempo, com o desenho que vou fazendo de mim mesmo. Tendo consciência do que sou e do que desejo ser, posso construir-me no dia-a-dia. Dentro de mim já está o desenho do que desejo ser: vida plena, alegria sem fim, felicidade, amor total, realização de todos os meus projetos. Sou um projeto em construção. Sou o arquiteto, o engenheiro e o construtor de mim mesmo. Serei o que me planejo ser.

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