sexta-feira, 18 de outubro de 2013

LUTO PELAS MINHAS PAIXÕES.

Todas as pessoas no final da vida deveriam escrever um livro sobre “minha luta”. Que cada um escrevesse ou contasse como foi sua luta de vivência - ou ao menos - de sobrevivência. Haveria histórias muito mais interessantes (não digo lindas) do que aquelas que a gente está acostumada a ver nas novelas e filmes. Muitas dessas histórias são de ficção. As histórias reais mexeriam com muitos corações. Em vez de histórias, tipo novelas, que são vidas de pessoas burguesas, assistiríamos a vida de donas de casa, de empregadas domésticas, de catadores de lixo, de construtores de pontes, de padeiros, de pescadores... Quantas histórias! Todas únicas. Todas fantásticas. Todas diferenciadas. Construídas dentro dos mesmos desejos e sonhos do coração humano: busca de vida e felicidade, de bem estar e satisfação, de momentos alegres e de eternidade. Nas lutas de todo o dia estariam presentes lutas de muitas faces.
LUTO PELAS MINHAS CRENÇAS. Luta-se por aquilo que se acredita. Gasta-se tempo, energias, saúde e vida por aquilo que se sabe que tem duração. Muito mais se luta pelas crenças que se eternizam. As crenças que ultrapassam o tempo de nossa vida é que merecem as energias de nossa luta. Saber que se vai morrer no corpo e que aquilo que está em nosso coração e mente permanece faz investir tudo o que se tem e o que se é. Infelizmente, nossa sociedade está povoada de pessoas que têm crenças muito pequenas, que apenas têm o tamanho do braço e o alcance da mão. Tais pessoas nada mais têm a fazer do que comer e beber, trabalhar e dormir, jogar e preencher o tempo. Lutar por crenças que se tem é dedicar a si mesmo além dos horários profissionais e do dever de cada dia. É ir além.
LUTO PARA SER UMA PESSOA BOA. Ser bom é o ideal. Ser bom é ser criativo e ser semelhante a Deus. Lutar para ser bom deve ser o ideal de todas as criaturas humanas que nascem e vivem para tornarem-se sempre mais semelhantes a Deus.
LUTO PELAS MINHAS PAIXÕES. Não as paixões bobas que matam e esterilizam o amor. Mas as paixões que dão vida. Que produzem. Paixões que são as forças represadas em meu coração e que devo construir condutores para que suas energias se tornem obras, artes, música, pintura, engenharia, mundo organizado e gostoso de viver.
LUTO PARA SER EU MESMO. Semente que desabrocha. Árvore que dá flores. Flores que se tornam frutos. Frutos que alimentam os sonhos. Ser eu mesmo é desenvolver o destino que está em nós. Os sonhos que estão em nós. Ser eu mesmo é tomar consciência que minha vida não acaba num túmulo e nem numa certa quantidade de anos. É desenvolver-me para ser eterno. Ultrapassar o tempo e o espaço. Luto pela minha vocação de eternidade.
LUTO por tudo aquilo que meu mundo corporal deseja. Por aquilo que meu mundo mental tem possibilidade. Por aquilo que minha espiritualidade tem sede e fome. Luto para ser alguém que vai se tornando um habitante do universo, nossa morada e nosso paraíso.

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