sexta-feira, 4 de outubro de 2013

EIKE: UM DOS MAIORES COLAPSOS PESSOAIS E FINANCEIROS DA HISTÓRIA DIZ REVISTA AMERICANA.

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A derrocada do bilionário Eike Batista é tema de mais uma publicação internacional. O rosto preocupado do empresário estampa a capa da revista Bloomberg Businessweek, que traz a chamada “Como perder uma fortuna de US$ 34,5 bilhões em um ano”. Para a revista, Eike pode estar se aproximando da falência, o que seria um dos maiores – se não o maior – “colapsos pessoais e financeiros da história”.

A reportagem começa relembrando a comemoração do início da produção de petróleo pela OGX, a petroleira do grupo EBX. Tratava-se de uma visita de Eike, da cúpula política nacional – incluindo a presidente Dilma Rousseff – e de investidores estrangeiros às obras do Porto do Açu, em abril de 2012. Eram bons tempos, quando Eike, com 55 anos, surgia como a oitava pessoa mais rica do mundo e era celebrado como a personificação do crescimento econômico brasileiro.

Naquela época, Eike conseguiu apoio de muitos investidores importantes. Entre os exemplos, a Businessweek cita BlackRock e Pimco, dois dos maiores gestores de recursos do mundo, como compradores de ações e títulos da OGX. O empresário vinha de uma trajetória de ascensão como especialista em recursos naturais, potencializada pelo crescimento econômico no governo Lula e pela abertura de capital de suas empresas.

A OGX mesmo, cita a reportagem, teve o maior IPO (oferta inicial de ações) do país, levantando R$ 6,7 bilhões com base em uma estimativa de reservas potenciais de petróleo equivalente a um terço das pertencentes à Petrobras. O império de Eike se expandia, com outras empresas destinadas a prover infraestrutura para as demais unidades do grupo.

Em 2011, porém, surgiram as primeiras revisões de reservas da OGX, mais baixas do que as iniciais. Mesmo assim, Eike e o executivo à frente da petroleira, Paulo Mendonça, continuaram a destilar otimismo. Quando os resultados da empresa ficavam aquém das expectativas, Eike recorria ao mercado financeiro para financiar as operações. Em 2012, diz a revista, tanto a economia brasileira quanto os negócios da EBX desaceleraram. Neste ano, poços da OGX foram declarados improdutivos e Eike vem se desfazendo de empresas e bens pessoais.

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