terça-feira, 30 de abril de 2013

UM ESFORÇO PARA A PAZ DESTE MUNDO ARMADO.


É arraigada e permanente a polêmica sobre o direito de usar ou não arma. Mas mesmo os mais radicais, de ambos os lados, concordam que este é um setor que precisa ser controlado. Por isso deve ser saudada a aprovação, pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), de tratado para regular o comércio internacional de armas. De 180 países que participaram da reunião, apenas três foram contra: Coreia do Norte, Irã e Síria.
O Brasil é um bom exemplo da importância desse mecanismo de controle. São muitas as pesquisas que constatam a procedência irregular de armas usadas por criminosos no país – 95% das de grosso calibre entram pelas fronteiras, estima a Polícia Federal. É evidente que um acordo internacional não vai cessar o contrabando de revólveres, fuzis, granadas e outros artefatos bélicos, até pelo gigantesco e atrativo volume de dinheiro que esse negócio gira. Mas a transparência sobre o setor que opera legalmente poderá lançar novas e esclarecedoras luzes sobre a clandestinidade.
Um mundo sem violência dispensaria armas. Por isso é fundamental que todos os esforços sejam canalizados para a luta pela paz. É com a conscientização e participação gerais que são superadas utopias e construídos novos ambientes para uma vida melhor.
Enquanto esse planeta da harmonia não chega, é preocupante, e até vergonhoso, constatar que as mais poderosas nações destinam a orçamentos militares somas absurdamente elevadas, o equivalente a dez vezes mais do que aplicam na ajuda humanitária. Uma redução dos gastos com armas já seria suficiente para alimentar os mais de um bilhão de famintos que existem (dado da ONU). Infelizmente, governantes ainda preferem ignorar a vida para empunhar uma arma, sob o questionável argumento de que a defesa de suas divisas depende dessa infame e desumana troca.

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