segunda-feira, 15 de abril de 2013

A ERA DO INDIVÍDUO

Eles já se amaram e até intensamente. Acabou não dando certo. Acontece em tudo na vida. Hoje são ex-marido, ex-mulher, ex-namorados. Alguém começou algo, com a certeza de que tudo daria certo e, num certo momento da viagem, desistiu do projeto. Faz parte do ser humano reavaliar o que fez ou faz. Alguns reavaliam para continuar juntos, outros para terminar. Há os que acham que ainda vale a pena e os que não querem mais tentar. Acabou o que os unia.
É impressionante o número de artistas, cantores, músicos, atletas, políticos, empresários, já na segunda ou terceira união. Não se usa mais a palavra fracasso. Termina-se e pronto! A era do descartável deixou marcas também no amor. Copos, pratos, meias, vestidos, objetos descartáveis entram no cotidiano das pessoas, tornando a vida mais cômoda. Por que refazer se é possível arranjar outro? Não se tenta, nem se pensa em reparar um relógio, uma meia, uma camisa. Há quem os conserve e use por muito tempo. Mas há quem busque um novo.
Chegamos ao casamento descartável. Se não deu, cada um vai para o seu canto tentar outro casamento. Em alguns casos, os dois levaram anos tentando consertar, mas não deu. Foram sinceros e a última coisa que queriam era fazer o outro de objeto. Mas houve, e há, os que resolvem a coisa em semanas e meses. A carreira, o trabalho ou alguém mais interessante falou mais alto.
É um novo ethos. Talvez seja conhecido na história como a era do indivíduo. O “nós” está perdendo...

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