terça-feira, 9 de abril de 2013

NUNCA A HUMANIDADE FOI TÃO DESORDENADA, VIOLENTA E INFELIZ COMO HOJE.



Conhecido pelo seu cinismo, o filósofo francês François Marie Aruet – mais conhecido por Voltaire - criou uma frase de grande efeito: “Mentez, mentez toujours, il en restera quelque chose” - “Menti, menti, que alguma coisa sempre ficará”. Morto há 235 anos, o filósofo deixou muitos seguidores. A diferença, agora, é que as mentiras são planetárias. Elas dão a volta ao mundo em menos de quinze minutos. A vantagem da mentira sobre a verdade é que ela não precisa provar nada. É só lançar o boato. Nosso tempo exige provas até mesmo da existência de Deus, mas o boato está livre de tudo isso. Ele tem cidadania em todo o mundo e está livre de qualquer suspeita.

O tempo é o juiz justo e incorruptível, mas não tem pressa nenhuma. As leis, por vezes, investem contra o boato, mas de forma reduzida. O boato sai na primeira página, origina as manchetes e o desmentido – quando sai – ocupa um pequeno espaço nas páginas internas dos jornais ou dez segundos de uma rede de televisão, quase sempre fora de contexto. Mesmo assim, o boato não tem todo o poder que imagina. É possível enganar a todos por algum tempo ou enganar alguns o tempo todo, mas é impossível enganar a todos o tempo todo.
O movimento sociocultural conhecido como modernidade investe contra todo o passado, de maneira especial sobre os três pilares sobre os quais foi construída a civilização: a Igreja, a família e a escola. Para a modernidade – para outros a pós-modernidade – estas entidades são do período das cavernas, enquanto hoje vivemos o tempo das luzes. Destroçada a família, desautorizada a escola, difamada a Igreja, a humanidade deveria ser feliz. Na realidade, estamos hoje colhendo os frutos daquilo que semeamos. Nunca a humanidade foi tão desordenada, violenta e infeliz quanto hoje. Foram semeados ventos e temos uma imensa colheita de tempestades.
A Igreja católica está no olho do furacão. Mas isto não é de hoje. O filósofo pagão Celso (ano 300) proclamava: vivemos os últimos dias da Igreja, ela vai morrer. Juliano, o apóstata, herdeiro do imperador Constantino, insistiu na previsão: mais 30 anos e ninguém mais falará do cristianismo. E a profecia foi repetida pelos iluministas, por Voltaire, pelos grandes da Revolução Francesa, foi repetida por Stalin e por outros menos votados.
A crise da Igreja não te assusta? A pergunta foi feita a um dos grandes pensadores do século passado, o francês Jacques Maritain. Ele respondeu: que ingenuidade falar da crise na Igreja. Ela nasceu na grande crise da Sexta-Feira Santa. E continuará em crise até o fim do mundo.
Talvez por isso, o Ressuscitado garante: “Não tenham medo, eu estarei com vocês todos os dias até o fim dos tempos!”.

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