quarta-feira, 24 de abril de 2013

LUTA PARA SALVAR A ESPÉCIE DA RESULTADOS POSITIVOS

Símbolo da luta pela preservação de espécies, o mico-leão-dourado está vencendo a batalha pela sobrevivência. Embora a “guerra” contra a extinção ainda não tenha acabado, os ambientalistas comemoram os resultados positivos. Há 20 anos, era muito raro encontrar um mico-leão-dourado nas florestas brasileiras, pois existiam apenas 200 deles no Estado do Rio de Janeiro. Hoje, a espécie soma cerca de 1.700 indivíduos, graças aos esforços pela preservação de seu habitat, a Mata Atlântica.
Eles gostam de calor e de terras baixas, por isso espalhavam-se pelo bioma da baixada costeira do Rio de Janeiro. O problema é que restam apenas 2% dessa área no Estado. Junto com o desmatamento, a população de mico-leão-dourado, originalmente abundante, reduziu-se a ponto de o animal ser incluído, em 1993, na Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas de Extinção, elaborada pela União Internacional pela Conservação da Natureza (IUCN), na categoria “criticamente ameaçada”, correndo sérios riscos de sumir completamente.
A situação levou muitos defensores da natureza a se mobilizar para resgatar a espécie. Depois de 20 anos de trabalho, a situação melhorou um pouco. Em 2003, os micos-leões-dourados passavam de mil indivíduos, o que levou a IUCN a reclassificar a espécie na Lista Vermelha, tirando-a da categoria “criticamente ameaçada” e passando-a para a “ameaçada”. 
Hoje, os micos somam cerca de 1.700 indivíduos vivendo na área de oito municípios fluminenses: Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Cabo Frio, Armação dos Búzios, Saquarema, Rio Bonito e Aruruama. Estes são os únicos lugares do mundo onde eles vivem livres, na natureza. Os animais ainda correm riscos, mas houve grandes avanços na luta pela salvação da espécie. Todos os dias, voluntários da Associação Mico-Leão-Dourado vão até a floresta fluminense verificar como os animais estão se relacionando, observar se há novos filhotes. 
A meta da associação é chegar a 2025 com 2.000 macacos na natureza, mas, para isso, é preciso dobrar a área de preservação, outro desafio dos protetores do mico. O aumento do número de indivíduos, isoladamente, não garante o salvamento da espécie, pois eles precisam de um habitat. A estimativa é de que cada grupo de micos - formado por pai, mãe e filhotes - necessita de, pelo menos, 50 hectares para viver.

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