terça-feira, 2 de agosto de 2011

ISLAMOFOBIA...O QUE É ISSO?

A palavra é longa, feia na forma e no significado.

Mas ela explica, ela de certa forma define o mundo moderno: islamofobia. Islamofobia é a aversão que muita gente tem hoje pelo Islã ou, simplesmente, pelos muçulmanos.
Na Europa e nos Estados Unidos, é um fenômeno que já atingiu dimensões épicas. No Brasil, felizmente, não. E isso deve ser visto como uma bênção nacional.
Deve ser entendida à luz da islamofobia a ação do assassino em massa da Noruega, o neonazista loiro, alto, olhos azuis que se vestiu de policial, mandou garotos se juntarem para orientá-los e abriu fogo por uma hora e meia.
Na internet, o assassino dissera estar disposto a enfrentar a “ameaça” de dominação da Europa pelos muçulmanos. Não apenas muçulmanos, segundo ele. Muçulmanos “marxistas”, acrescentou. Os dedos que apertaram a metralhadora contra tantos jovens eram movidos, portanto, pela islamofobia.
Trata-se de uma praga relativamente nova.
A islamofobia se tornou um dado relevante da humanidade depois dos atentados de 11 de Setembro de 2001 contra os Estados Unidos, liderados pela Al-Qaeda de Osama bin Laden, o maior símbolo do extremismo islâmico. Era, primeiro, uma coisa basicamente americana. Depois, viajou para a Europa. Atentados da Al-Qaeda em Londres em julho de 2005 – explosões no metrô e num ônibus – ajudaram a disseminar a islamofobia entre os europeus.

Mas de onde nasceu aquele radicalismo? Da política das potências ocidentais, ao longo de décadas sobre décadas, em relação ao mundo muçulmano. Mais especificamente, o Oriente Médio. Essa política poderia ser definida, sinteticamente, como predatória.

Tudo em nome do petróleo, basicamente.
O que fazer para desarmar os ânimos?

Um passo essencial é as potências ocidentais agirem de outra forma em relação ao Oriente Médio. É um trabalho complexo de reconstrução de imagem que levaria gerações para ter resultados consistentes. Mas sem ele é bomba contra bomba, sangue contra sangue, fundamentalismo contra fundamentalismo, e assim será.
O assassino da Noruega é fruto disso.

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