segunda-feira, 19 de agosto de 2013

CEREAL GANHA STATUS MEDICINAL


Consumo regular protege contra o câncer e problemas cardiovasculares

Cada vez mais, a linhaça ganha espaço no prato dos brasileiros. A semente é milenar, mas só nos últimos anos começou a ser incorporada à dieta humana, graças a recentes estudos científicos que comprovam seus diversos benefícios para a saúde. Além de nutritiva, a linhaça é um alimento funcional, ou seja, é capaz de prevenir doenças quando consumida regularmente.
A ação anticancerígena é o benefício mais alardeado da semente do linho. Segundo pesquisa desenvolvida pela cientista Lilian Thompson, da Universidade de Toronto, no Canadá, a linhaça é capaz de barrar a metástase em caso de câncer de mama. Isso quer dizer que ela impede que o tumor atinja outras partes do organismo. Estudos de diferentes universidades mostram que a semente também diminui o risco de outros tumores, como o de cólon e o de próstata.
A linhaça ainda é rica em ômega-3 e ômega-6, substâncias já bem conhecidas pelos adeptos da alimentação saudável por protegerem as funções cardiovasculares. Esses ácidos graxos atuam na redução do mau colesterol (LDL), que prejudica as artérias. Diversos estudos apontam a linhaça como “amiga do coração”.
Ela é um dos alimentos mais ricos em fibras. Por conta disso, ajuda a regularizar o funcionamento do intestino e ainda é uma grande aliada de quem deseja emagrecer. As fibras promovem a saciedade e reduzem o apetite. Para a perda de peso, recomenda-se consumir a semente no café da manhã, pois sacia e diminui a ingestão alimentar ao longo do dia.
Além de ser funcional, a linhaça é rica em nutrientes básicos para o organismo. Sua casca reúne proteínas e diversos sais minerais e vitaminas. Destaca-se nesse conjunto a vitamina E, considerado poderoso antioxidante, que contribui para o funcionamento celular e, por isso, afasta o envelhecimento precoce e as doenças degenerativas.
Os cientistas são unânimes ao afirmar que a linhaça faz bem, mas ainda não chegaram a um consenso sobre a quantidade ideal de consumo. As indicações variam de uma a duas colheres (de sopa) da semente por dia.
Para quem pensa que, por ser natural, a linhaça pode ser consumida à vontade, Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), faz um alerta: o excesso pode prejudicar a membrana das células, interferindo no seu funcionamento adequado. A mesma cautela vale para as cápsulas de óleo de linhaça. “Suplemento só sob orientação médica”, recomenda Durval. O consumo moderado também deve ser observado para não interferir na absorção de outros nutrientes pelo organismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário