sexta-feira, 30 de agosto de 2013

ANDAR DE MÃOS DADAS;



 
Era muito mais bonito o tempo em que ele punha a mão no ombro dela ou publicamente andavam de mãos dadas. Alguém decretou e espalhou que o gesto está fora de moda. Que falem, mas, se não inventaram coisa melhor, que se calem! O fato é que continua bonito ver a mão dele segurando a dela, sem nenhuma outra razão além do carinho entre dois seres humanos.
Casais idosos ainda fazem isso e há casais jovens que não abrem mão desse privilégio. O gesto não tem nada de antiquado. Diz muito ao coração dela e faz bem ao homem que ele é. Mostra publicamente que há um laço a prender suavemente os dois. As mãos falam e ajudam a dizer coisas boas e más. Por elas também passam o cuidado, o carinho e a ternura.
Em algum ponto da caminhada muitos casais perderam esse delicado e belíssimo costume. Em era de tanta violência, fora e dentro do lar, de tanta indelicadeza, ingratidão e perda de valores, há costumes que devem ser preservados e incentivados. Um deles é a ternura do casal de mãos dadas.
Era bonito, simbolizava cuidado e laços de família e todos podiam ver. Que volte a simbolizar a unidade. Prefiro ver isso do que homens indelicados e mulheres magoadas e de rosto sombrio e enxabido, ao lado do homem que um dia foi a razão dos seus sorrisos. Pequenos gestos fazem a diferença. Parecem bobos e fora de moda, mas não são mais tolos e fora de moda do que um casal se espicaçando na frente dos outros e agindo como se o outro não significasse mais nada em sua vida. Pode até haver mentira naquelas mãos dadas, mas se até inimigos se dão as mãos e assinam tratados, por que não um casal que tem uma história? Que se reze o Pai-Nosso de mãos dadas. Que se comece pelos casais!

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