Com a pesquisa, a OAB e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) querem acabar com a ideia de que as manifestações que tomaram conta do país em junho não têm relação com o tema. Ainda de acordo com a sondagem, 92% disseram ser favoráveis à realização da reforma política por meio de projeto de lei de iniciativa popular.
A maioria da população (78%) também não aprova que empresas façam doações às campanhas eleitorais. Além disso, 80% defendem a imposição de limites de gastos para uso em campanhas. Para 90%, a pena para caixa dois de campanha deve ser mais rigorosa.
A pesquisa também mostra que a população está disposta a mudar a forma de eleição dos deputados. A apresentação de uma lista de propostas e candidatos recebeu 56% de apoio, enquanto 34% mostraram preferência pela maneira atual. Perguntados posteriormente sobre quais temas receberiam votos, a saúde apareceu em com 56% das menções (respostas estimulada), seguida por educação, com 20%.
Em relação às manifestações, o levantamento mostra que 84% afirmaram ser a favor dos atos. Tal percentual sobe para 93% dentro do grupo com curso superior. Para 37%, as pessoas foram às ruas por um sentimento de "revolta". Em segundo lugar em número de indicações ficou a "sensação de abandono/descaso", com 32% das indicações. Na sequência aparecem esperança (13%), frustração (9%), confiança (3%), orgulho (2%), nenhuma destas opções (2%).
A pesquisa foi feita com 1,5 mil pessoas entre 27 a 30 de julho. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A íntegra da pesquisa pode ser acessada aqui.
A pesquisa aponta uma clara preferencia da maioria da população por participação popular para decidir sobre uma reforma no sistema político brasileiro. A ideia, difundida por alguns, de que a "reforma política não tem apoio popular" cai por terra com essa pesquisa. No entanto, o Congresso está preocupado apenas em garantir os recursos de cada parlamentar no Orçamento. O abismo que separa os "políticos tradicionais" e o povo apenas se amplia.
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