segunda-feira, 5 de agosto de 2013

AS COISAS QUE ESCOLHEMOS NESTA VIDA.


Um bem sucedido empresário, dono de várias empresas, depois de anos seguidos de trabalho, conseguiu passar uma semana com a família numa pousada de luxo na ilha do Bananal. Num passeio no rio Araguaia conheceu um pescador. Todos os dias ele ia a um ponto privilegiado do rio, com seu barco movido a remos, e fisgava dois peixes. Um era para a família e vendia o outro para comprar azeite, farinha, sal e outros produtos para a alimentação diária.
Nasceu entre eles alguma amizade e o empresário achou-se no direito de sugerir- lhe um futuro melhor. Ele poderia pescar mais peixes e com as economias compraria um barco a motor. Com maiores lucros, poderia comprar um segundo barco que confiaria a um empregado. O passo seguinte seria construir uma pequena câmara fria onde armazenaria o pescado, para oferecer aos hotéis e supermercados.
A proposta pareceu interessar ao pescador que perguntou: E depois disso? Ele poderia construir uma casa confortável na ilha, ampliar seu negócio e mesmo transferir-se para a capital.
Suponha que eu consiga tudo isso, insistiu o pescador, quais seriam as vantagens? Você poderia fazer turismo, como eu faço, curtir a vida e, até mesmo, poderia vir a esta ilha encantadora e, por puro prazer, pescar alguns peixes... Com um sorriso o pescador concluiu a conversa dizendo: Eu já estou fazendo exatamente isto; sua proposta me levaria a fazer aquilo que já estou fazendo.
Na vida, corremos o risco de criar dependências. São hábitos repetidos, que acabam tornando-se muito fortes, fardos que condicionam nosso modo de ser. Algumas das dependências mais comuns: a droga, o fumo, a bebida, o sexo, a internet... Existem outras formas, mais disfarçadas, mas não menos perigosas. É o caso da preguiça e da atitude contrária,
o excesso de trabalho. Há pessoas viciadas em trabalhar.O trabalho é uma necessidade. São Paulo dizia: “Quem não quer trabalhar, também não deve comer” (2Ts,3,10). Para Calvino, a preguiça era o pior defeito. O trabalho é um serviço que prestamos aos demais e com ele ajudamos a Deus a concluir a criação do mundo. Bem feito, torna-se oração. Quando passa dos limites, torna-se perigosa dependência. Esta dependência compromete a família, a fé, a saúde, os amigos e costuma associar-se à ganância e fazer do dinheiro um ídolo.
Cada um de nós deve organizar uma escala de valores. Quais são as coisas mais importantes? Em função delas devemos estabelecer prioridades e organizar nossa vida. Esta a receita para ser livre e feliz.

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