quarta-feira, 3 de outubro de 2012

UM POUCO SOBRE MASCOTE DA COPA DO MUNDO DE 2014


O tatu-bola foi escolhido como mascote da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Trata-se de um animal pequeno, que cabe na palma da mão, típico da Caatinga e do Cerrado brasileiros. É tímido e lento. Não é bom no ataque, mas, em compensação, é mestre em defender-se. E foi justamente sua estratégia de defesa que encantou a Federação Internacional de Futebol (Fifa). Para se proteger, o animalzinho se fecha na forma de uma bola, escondendo as partes moles do corpo no interior da carapaça rígida. Ele pode ficar hermeticamente fechado nessa posição por até duas horas.
O tatu-bola é o menor tatu brasileiro, o único endêmico, isto é, que existe apenas no Brasil. Ele se diferencia de sua espécie irmã pela presença de cinco unhas nas patas anteriores. O bicho mede cerca de 50 centímetros de comprimento. Costuma se alimentar de cupins, formigas, larvas de insetos, frutas, ovos.
Na época de acasalamento, observa-se mais de um macho acompanhando uma mesma fêmea, o que facilita ainda mais a captura de vários animais por vez. As fêmeas produzem, por ninhada, um ou, raramente, dois filhotes, que nascem completamente formados. A gestação dura quatro meses.
Na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, que reúne os animais ameaçados de extinção, está classificado com espécie vulnerável, mas prestes a passar para “criticamente ameaçada”.
A esperança dos ecologistas é que, ao ganhar os olhos do mundo durante a competição de futebol, o tatu-bola atraia mais respeito da população e, principalmente, patrocínio para projetos de conservação.
O desafio é grande. O mascote, além de só ser encontrado no Brasil, é a menor e a menos conhecida das 11 espécies de tatu do país. Sua população restringe-se à Caatinga e ao Cerrado, onde as ameaças ao bichinho só crescem. O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, depois da Amazônia, mas já perdeu mais da metade de sua área. Da Caatinga, restam 40% da cobertura original.
Durante muito tempo, a caça era a principal ameaça ao tatu-
bola. A habilidade de assumir o formato de bola é um escudo poderoso contra predadores da natureza, mas torna o animal uma presa fácil para os humanos. Dessa forma, é muito fácil para o caçador pegá-lo com as mãos. Hoje, porém, o desmatamento e a expansão da agricultura e pecuária são ameaças maiores do que a caça.

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