segunda-feira, 15 de outubro de 2012

CÂNCER DE MAMA. VAI HAVER REVOLUÇÃO NA


O outubro rosa, mês dedicado à prevenção e combate ao câncer de mama, tem uma boa notícia a celebrar. O mapeamento genético do tumor, feito por pesquisadores americanos, promete revolucionar o tratamento da doença. Foram identificados quatro tipos diferentes de câncer de mama. Com base nessas informações, os cientistas acreditam que podem ser desenvolvidos, em alguns anos, tratamentos e remédios mais eficazes.
Ao todo, os pesquisadores analisaram 825 mulheres com tumor de mama. Por meio de seis tecnologias diferentes, os cientistas avaliaram 350 cânceres. Os quatro principais subtipos mais letais identificados são: basal, HER2, luminal A e luminal B. A equipe observou que mutações em apenas três genes (TP53, PIK3CA e GATA3) são responsáveis por câncer de mama em mais de 10% das pacientes, a maioria jovens e afrodescendentes.
A mais completa análise genética já feita sobre o câncer de mama, publicada pela revista "Nature", ainda apontou que um dos quatro subtipos mais mortais de câncer de mama tem origem e características semelhantes ao de ovário. “Essa descoberta sugere que as duas doenças poderiam ser tratadas, no futuro, com os mesmos medicamentos”, declarou o pesquisador Matthew J. Ellis, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St. Louis, nos Estados Unidos, líder da equipe. Isso porque, segundo ele, mais do que serem avaliados de acordo com a localização no corpo, os tumores devem ser catalogados e cuidados com base nos genes interrompidos.
Prevenção - O Inca não estimula o autoexame das mamas como método isolado de detecção precoce do câncer de mama. Segundo o instituto, o exame das mamas feito pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado para essa atividade. 
Quanto ao exame clínico das mamas, quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumores de até um centímetro, se superficiais. Deve ser feito uma vez por ano pelas mulheres entre 40 e 49 anos.
A mamografia (radiografia da mama) permite a detecção precoce do câncer ao mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (medindo milímetros). Deve ser realizada a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou segundo recomendação médica.
Mulheres muito jovens que necessitarem investigar nódulos devem associar ultrassom e mamografia, pois a mamografia muitas vezes não consegue detectar lesões em mamas muito jovens e densas.
Estatísticas
No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a primeira posição. Para este ano, foram estimados 52.680 novos casos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

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