quarta-feira, 3 de outubro de 2012

PARABÉNS PELO DIA DO IDOSO

Dia 1º de outubro, celebrou-se o Dia Nacional do Idoso. As pessoas com 65 anos ou mais já representam cerca de 8% da população do Brasil, segundo o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A tendência é que cresçam ainda mais, chegando a 12,2% em 2025. Há quem pense que velhice é sinônimo de doença e isolamento social. Porém, cada vez mais, a população que passou dos 65 anos prova que é possível envelhecer bem. 
Muitos idosos declaram que “começaram a viver” depois da aposentadoria. É quando têm mais tempo para desfrutar as coisas boas da vida. Há os que viajam, os que voltam a estudar, os que se dedicam a um hobby e os que se colocam a serviço da comunidade e encontram, no trabalho voluntário, novos amigos. 
Bruno Pedro Pedroni é um exemplo. Aos 81 anos, é o garçom de mais idade do Salão Paroquial da Igreja Imaculada Conceição, de Caxias do Sul (RS). Há 30 anos, ajuda a servir centenas de pessoas nos almoços comunitários dos finais de semana. “Faço porque gosto, desde guri ajudava nas festas das paróquias”, conta. “A gente se diverte, o trabalho pesado é por cerca de duas horas, o restante da tarde é muito bate-papo, essa é a recompensa”, afirma. 
Pedroni não está sozinho. Tem a companhia da esposa, Jurema, 78 anos, que também trouxe da juventude o hábito de trabalhar em prol da comunidade. “Ficando em casa, a gente pensa o que não deve, é melhor estar no meio dos amigos, servindo”, afirma. Além do trabalho no salão paroquial, outro passatempo do casal são as viagens às águas termais. A próxima já está marcada. Eles partem em outubro para Piratuba (SC).
Dona Jurema vai além, também tem compromisso com o Clube de Mães do bairro Rio Branco, que integra 58 mulheres com idades que variam de 50 a 90 anos. Semanalmente, elas se encontram para fazer massas, pães, peças de artesanato. “Produzimos e nós mesmas compramos, umas das outras. Com o lucro, vamos passear”, explica Ana Adamatti, 64 anos, presidente do clube. “É uma terapia. Dizemos que somos a família Rio Branco”, declara Zenaide Traiber, 64 anos.
Verônica Ganzer, 82, uma das mais idosas do grupo, diz que prefere trabalhar no clube do que ficar em casa dormindo. Ivone Roglio, 71, confessa que não sabia fazer nada; agora, já se arrisca no tricô, crochê e na produção das massas, habilidades aprendidas com as amigas do clube de mães. Neura Casagrande, 53, uma das mais jovens do grupo, explica-se: “Vim para incentivar a minha mãe, Zélia, de 76 anos, e ficamos as duas.” 
O lema do Clube de Mães Rio Branco, exposto na parede da sede, traduz o sentimento que motiva esses e outros tantos idosos que se mantêm ativos e participantes da sociedade: “Existem pessoas que esperam a felicidade, outras que a constroem.”

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