Todas pesquisas demográficas recentes deixam claro que
a população brasileira está envelhecendo. A mais recente, do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que a taxa de fecundidade
despenou de 6,28 filhos, em 1960, para 1,9 filho, em 2010. A taxa atual está
abaixo do nível de reposição (2,1 filhos por mulher), o que reduz o número de
crianças enquanto há o aumento proporcional de pessoas com idade avançada. Hoje,
dos 195,2 milhões de brasileiros, 12,1% (23,6 milhões) têm 60 anos ou mais de
idade.
O envelhecimento da população não é exclusividade do Brasil. Países
europeus convivem com esse fenômeno há décadas e fornecem uma lição: se lá, com
planejamento, economias desenvolvidas e serviços sociais avançados e
abrangentes, surgiram dificuldades para garantir um padrão razoável de vida aos
aposentados, dá para se imaginar o que deverá ocorrer por aqui dentro de 20, 30
anos.
Para atender aos idosos é necessário que jovens e adultos produzam e
paguem impostos. Mas a questão não se resume a recursos financeiros – passam
pela implantação de medidas, execução de obras, alteração de leis, adequação se
comportamento...
É fundamental estabelecer políticas públicas específicas. E
isso vai além da (relevante) aprovação da profissão de cuidador de idoso. A
infraestrutura das cidades é carente em acessibilidade; prédios dificultam
deslocamentos; não há esquema especial de segurança; urge recompor o poder de
compra dilacerado por vergonhosas aposentadorias...
Tão ou mais importante
que essas ações é despertar, principalmente em jovens e adolescentes, a
conscientização sobre a importância de uma convivência harmoniosa com os idosos.
É preciso fortalecer o respeito e dinamitar o preconceito para que se estabeleça
justiça a quem tanto construiu e merece desfrutar a etapa final da sua vida com
um mínimo de conforto e dignidade.
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