segunda-feira, 29 de outubro de 2012

RESPEITO E MAIS DIREITOS PARA OS IDOSOS

Todas pesquisas demográficas recentes deixam claro que a população brasileira está envelhecendo. A mais recente, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que a taxa de fecundidade despenou de 6,28 filhos, em 1960, para 1,9 filho, em 2010. A taxa atual está abaixo do nível de reposição (2,1 filhos por mulher), o que reduz o número de crianças enquanto há o aumento proporcional de pessoas com idade avançada. Hoje, dos 195,2 milhões de brasileiros, 12,1% (23,6 milhões) têm 60 anos ou mais de idade.
O envelhecimento da população não é exclusividade do Brasil. Países europeus convivem com esse fenômeno há décadas e fornecem uma lição: se lá, com planejamento, economias desenvolvidas e serviços sociais avançados e abrangentes, surgiram dificuldades para garantir um padrão razoável de vida aos aposentados, dá para se imaginar o que deverá ocorrer por aqui dentro de 20, 30 anos.
Para atender aos idosos é necessário que jovens e adultos produzam e paguem impostos. Mas a questão não se resume a recursos financeiros – passam pela implantação de medidas, execução de obras, alteração de leis, adequação se comportamento...
É fundamental estabelecer políticas públicas específicas. E isso vai além da (relevante) aprovação da profissão de cuidador de idoso. A infraestrutura das cidades é carente em acessibilidade; prédios dificultam deslocamentos; não há esquema especial de segurança; urge recompor o poder de compra dilacerado por vergonhosas aposentadorias...
Tão ou mais importante que essas ações é despertar, principalmente em jovens e adolescentes, a conscientização sobre a importância de uma convivência harmoniosa com os idosos. É preciso fortalecer o respeito e dinamitar o preconceito para que se estabeleça justiça a quem tanto construiu e merece desfrutar a etapa final da sua vida com um mínimo de conforto e dignidade.

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