terça-feira, 9 de outubro de 2012

DEGELO NO OCEANO ÁRTICO BATE RECORD

Todo verão, a camada de gelo que cobre o Oceano Ártico, no Hemisfério Norte, derrete um pouco. O fenômeno é natural, o problema é que, a cada verão, o degelo aumenta um pouco. Este ano, segundo cientistas do governo americano, o derretimento foi recorde. Um efeito claro do aquecimento da atmosfera.
O Ártico perdeu, em média, 91,7 mil km² de gelo por dia no mês de agosto, segundo a Organização Mundial de Meteorologia (OMM), vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU). O derretimento diário aproxima-se da extensão do Estado de Pernambuco, que tem 98 mil km² de território, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Boa parte gelo derretido volta a se formar no inverno. O mês de agosto é considerado pelos meteorologistas o mais seco do ano no Polo Norte. Este foi o quarto agosto mais quente já registrado pela organização, com temperatura global média de 16,2º C.
Trata-se do maior degelo anunciado desde o início do monitoramento via satélite da região, iniciado em 1979. A área que permaneceu coberta pelo gelo neste verão foi metade da registrada há cerca de 30 anos, ou seja, um quarto do Oceano Ártico, que tem área total de 13 milhões de km2.
A última vez em que um derretimento tão grande ocorreu foi em setembro de 2007, e ainda assim havia mais massa polar do que a registrada agora. A camada de gelo chegou a 4,1 milhões de km² neste verão, 70 mil km² a menos do que em 2007, quando a extensão do gelo no Ártico era de 4,17 milhões de Km2.
Os meteorologistas afirmaram que neste verão o Polo Norte se aqueceu a um ritmo duas vezes maior do que o resto do planeta. Segundo eles, isso afeta não apenas os habitantes e animais da região - como o urso polar, símbolo do Ártico, ameaçado de extinção -, mas toda a Terra, porque o Ártico funciona como um ar-condicionado que resfria a atmosfera.
O degelo do Ártico é a imagem mais visível e irrefutável do aquecimento global e está ocorrendo a uma velocidade bem maior do que os cientistas previam. A boa notícia é que o fenômeno não é irreversível. Os cientistas calculam que, se for reduzida a emissão dos gases que aquecem a atmosfera (efeito estufa), a capa de gelo que cobre o Polo Norte voltará a crescer, restabelecendo o equilíbrio do clima no planeta. Porém, é preciso agir rápido.

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