terça-feira, 1 de maio de 2012

CAI NÚMERO DE PRODUTORES NO PAÍS



Onze certificadoras credenciadas, que garantem ao consumidor que o produto realmente é orgânico, e 10,5 mil produtores registrados no cadastro nacional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Esse é o resultado do balanço do primeiro ano da Lei dos Orgânicos no Brasil, em vigor desde dezembro de 2011. 
Desde janeiro do ano passado, todo produto orgânico colocado no mercado brasileiro deve ser certificado por um órgão credenciado pelo Mapa e apresentar o selo do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SisOrg).
Até 2010, quando valiam apenas as normas privadas, as regras não eram as mesmas em todo o país. “Certificadoras usavam pessoas com pouco conhecimento nas inspeções, não exigiam muito controle documental dos produtores e demoravam mais de um ano para inspecionar as propriedades”, observa Eduardo Amaral, coordenador da Comissão de Produção Orgânica de SC (CPOrg/SC).
Conforme ele, algumas certificadoras denominavam orgânicos produtos apenas sem agrotóxicos enquanto outras levavam em consideração também a questão ambiental, o bem-estar animal e aspectos de responsabilidade social.
“A legislação trouxe mais confiabilidade para o consumidor, tanto é que o número de produtores realmente orgânicos caiu no primeiro momento”, informa Amaral. É o caso de Santa Catarina. Levantamento apontou 2.000 famílias de produtores orgânicos, ante as mais de 3.000 contadas pelo Censo Agropecuário do IBGE.
Isso aconteceu porque famílias produziam apenas para o autoconsumo e outras não tiveram como se enquadrar na lei, já que ela trouxe exigências ambientais e sanitárias que não eram totalmente atendidas. “Em função da necessidade de adequação às normas, muitos produtores voltaram ao processo de conversão”, explica. A lei também retirou desse mercado pessoas que vendiam produtos convencionais como se fossem orgânicos.

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