Os índices da violência não param de crescer. Nas
grandes cidades, disparam os números de roubos e assassinatos, a maioria deles
alimentada pelo comércio de drogas, em torno do qual gravitam integrantes de
todas as classes sociais. Esta engrenagem a serviço do mal também começa a
ocupar espaços nas cidades de porte médio e pequeno.
Os dados mais visíveis e
reveladores estão nas áreas urbanas, mas um outro tipo de violência avança pelo
campo, movida pela disputa por terra. Os conflitos seguem levando sofrimento a
dezenas de milhares de famílias, vítimas de uma luta que brota no fértil terreno
da desigualdade social e é irrigada pela omissão de governantes.
A esses
tipos característicos de violência poderiam ser acrescidos outros. Os acidentes
de trânsito, por exemplo, continuam espalhando tragédias por todo o território
nacional. Os acidentes de trabalho, com média de dois mil registros por dia no
Brasil, e mais de duas mil mortes por ano, também fazem parte desta lista. Eles
se disseminam por indústrias, empresas de serviços e, em particular, no meio
rural, aonde a falta de capacitação na operação de máquinas agrícolas é
responsável por um número cada vez mais expressivo de vítimas.
As
estatísticas comprovam que o aparato de segurança montado pelo Estado não tem
sido suficiente para conter a avalanche de crimes. Talvez tenha de partir da
própria sociedade a tentativa de reversão. Cobrando uma melhor distribuição de
renda, o fim da impunidade a criminosos - entre eles os corruptos -, mais
investimentos na educação e saúde... Sem reação não haverá solução.
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