Viver como ressuscitados é encontrar o segredo da alegria, esse mistério tão
desejado e ansiado pelo coração humano. É ser capacitado a encontrá-lo longe das
drogas, viagens sem volta; longe do artificial sossego feito de conforto e
diversão impunes e atravessado por urgências compadecidas.
Viver como
ressuscitados é experimentar que o centro da vida se encontra à margem do
caminho, muitas vezes ferido e semimorto; é saber que a criação é feita não para
a destruição e a morte, mas para o baile do amor fecundo que não termina e se
desdobra em frutos de paz, diálogo e convivência.
Viver como ressuscitados é
levar no próprio corpo as marcas de Jesus para que a vida por Ele dada se
manifeste plenamente ao mundo. É estar no mundo sem ser do mundo, mas pertencer
ao Senhor. É não ter domicílio em nenhum lugar, mas encontrar o próprio lar
dentro de si mesmo, onde o Espírito do Pai e do Filho faz morada.
Viver como
ressuscitados é, em suma, viver urgidos pela caridade, iluminados pela
esperança, suportados pela fé no que ainda não se vê, mas se “sabe” que será. É
não guardar para si este segredo sussurrado ao ouvido na manhã do domingo, mas
anunciá-lo sem medo em todos os dias da semana, convertendo o discipulado em
ardente e constante apostolado.
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