segunda-feira, 14 de maio de 2012

CESÁREAS DISPARAM NO BRASIL



Em 2010, mais da metade dos partos realizados no Brasil foram cirúrgicos: 52% do total de 3 milhões, segundo o Ministério da Saúde. O percentual supera - e muito - o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de 15%. Na rede privada, o índice de cesarianas chega a 82% e na rede pública, a 37%.
Helvécio Miranda Magalhães, secretário de Atenção à Saúde do Ministério, classifica o número crescente de cesáreas como uma epidemia. Em 2000, elas representavam 38% dos partos realizados no país. Na rede pública, responsável por 65% dos nascimentos, as cesarianas também cresceram bastante, passando de 24% dos partos em 2000 para 37% dez anos depois.
“Em todo mundo, os índices diminuem; no Brasil, crescem. Estamos muito preocupados com essa verdadeira epidemia de cesarianas”, afirma.
Ele defende que as pacientes precisam ser melhor informadas sobre as vantagens do parto normal, para a mãe e o bebê. Além disso, diz que é preciso reforçar para a gestante que ela tem direito a anestesia, pois muitas partem para a cesariana porque têm medo da dor, além do acompanhante durante todo o processo. Magalhães ressalta que não se pode menosprezar a cesárea, porque ela salva vidas; mas tem que haver indicação para realizá-la, o que se inverteu atualmente.
Estudos comprovam que as chamadas “cesáreas eletivas” são as que representam maior risco. Nesse tipo de parto, a mãe agenda o dia do nascimento e o bebê nasce sem que ela entre em trabalho de parto, o que pode causar problemas de saúde, principalmente respiratórios, na criança.

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