sexta-feira, 25 de maio de 2012

QUAIS SÃO AS NOSSAS REAIS POSSIBILIDADES


Dentro de uma equipe existem diferenças e os profissionais podem ser representados por águias, macacos ou ratos. O esquema de análise foi elaborado pelo executivo norte-americano Jack Welch. As três diferentes personalidades podem ser encontradas em todos os níveis hierárquicos. A águia representa 20% do quadro de funcionários. É um profissional de alta competência, gosta de desafios e sabe valorizar os colegas. O rato é, em geral, o perfil de 10% da empresa. É conhecido como puxa-saco, especialista em causar intrigas, é ineficiente e contagia o ambiente. O macaco representa a massa crítica das empresas, representando 70% dos funcionários. É um ótimo imitador, mas pode imitar tanto a águia como o rato. Ele precisa de orientação constante e faz a obrigação como sempre se fez.
O perfil desses três tipos de pessoas pode ser encontrado em todas as instituições, nas famílias, na política, nos clubes. As pessoas não nascem assim, elas se transformam ao longo de suas vidas, dependendo das circunstâncias. Nos primeiros anos de vida a criança é formatada para determinadas atitudes. O poeta Guerra Junqueiro falava de “pérolas de leite” onde ficam marcas definitivas. Há pais que educam seus filhos e filhas para serem águias, mas existem os que condenam seus filhos a serem ratos ou macacos. Há pais que plasmam vencedores, há pais que direcionam para a mediocridade e a derrota.
Nas empresas, afirma Welch, os funcionários podem ser auxiliados a mudar de atitudes, podendo um rato, aos poucos, assumir o perfil de águia. Esperar que a qualificação parta dos outros é ter pensamentos e desejos pequenos. Na civilização individualista em que vivemos, cada um pensa em si e não tem a menor vontade de qualificar um possível concorrente. Ou, por vezes, acontece o contrário: a pessoa é desestimulada e acaba assumindo um gráfico descendente.
Quase sempre o segredo está dentro de nós. Quase sempre o dinamismo para mudar uma situação deve ser procurado em nosso interior. Algumas situações podem favorecer isso. Um funcionário foi despedido de uma empresa, onde ele representava o macaco com sua rotina. Acabou assumindo o perfil de águia, iniciando uma empresa própria.
A rotina se constitui numa perigosa doença, que empobrece os atos e a própria vida. Independente dos anos, a pessoa pode assumir uma postura: tomar as rédeas da própria vida e criar um momento novo. A pessoa é resultado das escolhas – felizes ou infelizes - feitas ao longo da vida. Somos o resultado de nossas escolhas. Não das escolhas feitas no passado, por nós mesmos ou por outras pessoas, mas da escolha que fazemos hoje. A cada dia – tendo ou não consciência disso – a pessoa toma uma grande decisão: continuar como é ou mudar. Naturalmente, continuar a rotina, continuar no comodismo, é a solução mais fácil. Mas é a que traz os piores resultados.
Dentro de cada um existe uma águia que pede licença para se revelar. Mas há pessoas que apostam no macaco e no rato. A pessoa tem o tamanho de seus desejos e sonhos. Podemos aceitar o mínimo ou apostar no máximo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário