O CHARME DA NATUREZA INVADE A COZINHA

A beleza das flores está no prato. Elas saíram da horta para a cozinha. Embora, no Brasil, o hábito de comer flores ainda não seja muito comum, eram utilizadas na Idade Média. Sem saber, estão na lista de compras das donas de casa. Brócolis, alcachofra, açafrão, couve-flor, cravo-da-índia e alcaparra são flores ou inflorescências usadas como hortaliças ou condimento.
A quantidade de flores comestíveis é imensa. Capuchinha, calêndula, amor-perfeito e begônia, por exemplo, ficam bem em saladas ou na decoração dos pratos. Os sabores vão do adocicado ao azedinho. Algumas são picantes, outras amargas. Há ainda as mais perfumadas e ficam ótimas como ingredientes de receitas.
As flores acrescentam, além de sabor, muita beleza aos pratos (decoração). Para Alice Prestes Araldi, extensionista da Emater de Nova Petrópolis, o uso de flores enriquece o alimento - “que está pobre de nutrientes por causa dos industrializados” (ver quadro).
Elas podem participar de receitas que incluem verduras e frutas. Também são adicionadas a picles, bebidas, geleias, vinagretes, caldas, pães, bolos e biscoitos, sobremesas e tortas. Podem ser utilizadas também para aromatizar vinagres e azeites; salpicadas em saladas, para colorir e dar um sabor diferente.
Algumas delas têm até uso terapêutico se colocadas em infusões para chás. Uma dica é fazer cubos de gelo com flores, para dar um toque especial a bebidas. As pétalas também podem ser utilizadas em geleias, gelatinas, sorvetes, pudins, cremes e licores. O ideal é que elas sejam consumidas sem cozimento, preservando a aparência e o sabor em sua totalidade. Outra dica dada por Alice é quanto ao uso de pitadas de sal para firmar a cor da flor e realçar o sabor em qualquer receita