domingo, 23 de outubro de 2011

FAO SUGERE INSETOS COMO OPÇÃO À MESA.

A criação de animais como bovinos, suínos e carneiros ocupa dois terços da terra agricultável do planeta e gera 20% dos gases causadores de mudanças climáticas. Em consequência, a Organização para Alimentos e Agricultura (FAO) quer reduzir a quantidade de carne que se consome e encontrar alternativas. Um estudo de políticas que inclui uma dieta à base de insetos está sendo considerado pela FAO. A entidade apresentou a alternativa num encontro na Tailândia. Agora, está se preparando para levá-la ao congresso mundial em 2013.
Mais de 1.000 tipos de insetos servem de alimento para os seres humanos no mundo, em 80% dos países. Eles são mais populares nos trópicos, onde atingem tamanhos maiores e são mais fáceis de serem capturados. Para o professor Arnold van Huis, entomologista da Universidade de Wageningen, na Bélgica, comer insetos tem vantagens. “A maior parte do mundo já come insetos. Apenas o Ocidente é que não o faz”, destacou. “A solução está na maneira de prepará-los”, aposta.
Nutrientes - As últimas pesquisas indicam que os insetos têm níveis elevados de proteínas, vitaminas e sais minerais. Uma pesquisa recente, conduzida em conjunto com o seu colega Dennis Oonincx demonstrou que cultivar insetos gera muito menos gás carbônico do que os animais de criação utilizados na dieta ocidental.
A criação de gafanhotos, grilos e minhocas resulta na emissão de 10 vezes menos metano, 300 vezes menos óxidos de nitrogênio. “Tendo o sangue frio, os insetos convertem os vegetais em proteína de forma muito mais eficiente”, afirma Van Huis. Além disso, os riscos à saúde são menores.

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