quarta-feira, 20 de junho de 2012

COMO VENCER UMA GUERRA.


“A Arte da Guerra” é um antigo tratado militar, escrito pelo chinês conhecido como Sun Tzu, quatrocentos anos antes do nascimento de Cristo. Composto por treze capítulos, o tratado tem servido de inspiração para grandes estrategistas militares como Napoleão Bonaparte, Giap e Mao Tse Tung. De um modo geral, Sun Tzu ensina como vencer nas mais diferentes situações, tanto que foi seguido por empresários, políticos e até por técnicos de futebol
A Arte da Guerra pode ser resumida nestas três alternativas: Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece, mas não conhece o inimigo, para cada batalha ganha também sofrerá uma derrota. Se você não conhece a si mesmo, nem conhece o inimigo, perderá todas as batalhas.
A existência de cada pessoa já foi definida como uma batalha. O poeta Gonçalves Dias escreveu: “Não chores que a vida é luta renhida, viver é lutar”. Assim sendo faz sentido a recomendação do sábio chinês, no sentido de conhecer a si mesmo e conhecer o inimigo.
Conhecer a si mesmo é a mais difícil das artes, garantiu o filósofo grego Sócrates. E Santo Agostinho comentava: “As pessoas viajam para conhecer outros países, conhecer as montanhas, rios e ilhas, mas não conhecem a si mesmas”. Nós não somos, necessariamente, aquilo que as pessoas dizem. A partir das opiniões dos outros, muitos se envaidecem em demasia, outros afundam na mágoa e tristeza. Somente uma autocrítica profunda nos vai revelar o que realmente somos. Hoje se torna cada vez mais difícil pensar. Tanto mais nesse nosso tempo em que os meios de comunicação pretendem pensar por nós. O ruido e a pressa também se constituem em obstáculos. Somente o silêncio nos propicia um conhecimento melhor de possibilidades, de erros e de virtudes.
Também não é fácil conhecer o inimigo. E aí acontecem dois extremos perigosos, para mais ou para menos. O medo nos induz a superestimar a força do inimigo; o orgulho nos leva a ignorar sua força. As duas alternativas são prejudiciais. A racionalidade possibilita a abordagem das questões de um modo sereno e traçar as necessárias estratégias.
São Francisco de Assis teve uma ótica diferente para a questão. Esta ótica é evangélica, pois Cristo garantiu: aquele que sabe perder, ganha, assinalando a importância do serviço. Para o santo de Assis, o irmão deve sempre estar em primeiro lugar. Esta a fraternidade evangélica. Este ponto de vista sinaliza também o caminho da felicidade para o casamento. Casar não é querer ser feliz, mas querer fazer feliz. A preocupação do esposo é fazer feliz a esposa e vice-versa. As alternativas de Sun Tzu valem também para a vida a dois: se você conhece a si mesmo e conhece o outro, vencerá todas as batalhas.

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