Das 6.000 línguas conhecidas, 200 já
desapareceram
Não são apenas espécies animais e vegetais que andam ameaçados de
extinção atualmente. Outros organismos, estes culturais, também correm sério
risco de desaparecer do planeta: as línguas. Ao longo das três últimas gerações,
das cerca de 6.000 línguas conhecidas, 200 já desapareceram, segundo estudo da
Unesco Esse destino pode ser seguido por vários outros idiomas: 538 estão em
situação crítica, 502 seriamente ameaçados, 632 sob ameaça e 607 em estado
vulnerável.
O Kusunda, idioma do Nepal, integra a lista dos criticamente
ameaçados, mas pode ser salvo graças ao interesse de um estudioso nepalês de 27
anos, que se dispôs a assumir a tarefa de manter viva esta língua, própria de
uma tribo florestal que deixou a vida nômade há poucas décadas.
Gyani Maiya Sem, uma aldeã de 75 anos, é a última falante conhecida do kusunda. Os filhos de Gyani até sabem pronunciar algumas palavras, mas ela é a única capaz de manter uma conversa fluente, e isto em teoria, já que até agora não tinha com quem praticar. Ela costumava falar em kusunda com sua mãe, morta há 25 anos. Elas usavam o idioma apenas quando precisavam dizer algo sem que as demais pessoas presentes entendessem, como uma espécie de código secreto.
Agora, o jovem Gautam Bhojraj vai falar, e aprender, com Gyani o kusunda. O estudioso tentou encontrar outros falantes da língua no oeste do Nepal, mas não teve sucesso. “Algumas pessoas conhecem palavras do idioma, mas só Gyani Maiya pode falar bem”, lamenta o pesquisador. O povo kusunda, uma vez fora das florestas e estabelecidos em povoados, deixaram de falar sua língua e não a ensinaram para seus filhos porque o resto da sociedade desprezava sua origem florestal.
Gyani Maiya Sem, uma aldeã de 75 anos, é a última falante conhecida do kusunda. Os filhos de Gyani até sabem pronunciar algumas palavras, mas ela é a única capaz de manter uma conversa fluente, e isto em teoria, já que até agora não tinha com quem praticar. Ela costumava falar em kusunda com sua mãe, morta há 25 anos. Elas usavam o idioma apenas quando precisavam dizer algo sem que as demais pessoas presentes entendessem, como uma espécie de código secreto.
Agora, o jovem Gautam Bhojraj vai falar, e aprender, com Gyani o kusunda. O estudioso tentou encontrar outros falantes da língua no oeste do Nepal, mas não teve sucesso. “Algumas pessoas conhecem palavras do idioma, mas só Gyani Maiya pode falar bem”, lamenta o pesquisador. O povo kusunda, uma vez fora das florestas e estabelecidos em povoados, deixaram de falar sua língua e não a ensinaram para seus filhos porque o resto da sociedade desprezava sua origem florestal.
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