quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

POR FAVOR: NÃO ME LIGUEM MAIS.

callcenter 450x338 Não me liguem mais, não me escrevam mais
Não tem mais hora nem dia, não tem limites. Por telefone ou por e-mail, operadoras de telefonia, bancos, corretores de imóveis e lojas te bombardeiam o tempo todo, oferecendo novos serviços, descontos fantásticos, cabelos para os carecas, novidades eletrônicas, viagens paradisíacas e até bilhetes premiados.

Por isso, em defesa da minha sanidade mental e do meu direito de trabalhar em paz na própria casa, no meu computador pessoal, estou lançando um apelo público resumido no título deste post: pelo amor de Deus, não me liguem mais, não me escrevam mais, tenham piedade de mim.
De uns tempos para cá, os ataques eletrônicos se multiplicaram em progressão geométrica, invadiram as nossas horas de sono e os finais de semana, entopem as caixas postais de todo mundo, não respeitam mais nada nem ninguém.
Empresas de telemarketing, call center e vendas de mailing (esta praga que acabou com a nossa privacidade) brotam como cogumelos por toda parte e seus exércitos já contam com mais de 600 mil soldados para te atazanar a vida e não dar um minuto de sossego.
As tropas dos bancos e operadoras atacam mais pelos telefones fixos ou celulares; corretores de imóveis descobriram a internet e se acham no direito de nos tratar com a maior intimidade para informar sobre os últimos lançamentos em qualquer canto do país.
Além de tudo, trata-se de uma concorrência desleal com seus próprios colegas de imobiliária e com os empresários do setor formalmente instalados, que pagam aluguel, taxas, impostos, funcionários. A custo quase zero, estes espertos disparam milhares de mensagens a esmo e ficam se balançando na rede esperando um retorno.
O que posso fazer para provar a todos eles que não ganhei na loteria, não quero comprar mais nada, estou contente com o que tenho e com os serviços que contratei?
Os call centers, que em sua origem deveriam funcionar como centrais de atendimento ao consumidor, transformaram-se em centrais de vendas. Depois que comprou, dane-se o consumidor. O importante é vender, cumprir cotas, atingir metas.
O problema é que, para você fazer uma reclamação, demora uma eternidade e há horários limitados de funcionamento. Já para infernizar a tua vida, eles não pedem licença e são ligeiros para vender seu peixe sem perguntar antes se você pode atender ou se está interessado naquilo.
Haja saco!

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