quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

NOS ATREVEMOS A PROCLAMAR: FELIZ ANO NOVO - FELIZ 2012

O tempo, juiz sereno e inflexível, se encarrega de revelar verdades e erros, aparências e realidades. O ano termina e deixa cristalizadas imagens cujos significados permanecem obscuros. O tempo ainda falará.

Certamente as imagens mais espetaculares e apavorantes de 2011 vieram do Japão, com ondas gigantescas levando de roldão casas, carros, edifícios, pontes. Mais perto de nós, a tragédia dos morros do Rio e Petrópolis, enchentes e secas. Dificilmente esqueceremos o rosto vencido de Muammar Kadaffi e continuaremos imaginando como foi a última expressão de Bin Laden. São dois personagens de uma história ainda não esclarecida.
Um tsunami diferente atingiu os aparentemente seguros templos do dinheiro mundial. Os Estados Unidos tremeram e a milenar Grécia quase afunda o porta-aviões do Euro. Itália e Espanha despertam da ilusão de economias irreais. Eram realidades que só aconteciam com países emergentes.
O Brasil começou o ano com a primeira mulher na presidência, Dilma Rousseff. Esquecendo seu padrinho Lula, mostrou ter luz própria, inflexível na faxina de incômodos aliados, acolhidos em nome da governabilidade. Nada menos que seis ministros receberam o bilhete azul, por denúncias de irregularidades. Bem ou mal, o Brasil continuou navegando com alguma segurança nas ondas da crise global.
Mas 2011 não foi apenas isto. Os povos felizes não têm história. Nem a vida, nem um ano cabem nas manchetes. Um sabiá construiu o ninho num pé de jasmim, jovens namorados juraram amor eterno numa noite de luar, doentes deixaram o hospital, mães ouviram, emocionadas, o choro do filho que acabou de nascer, e o pai rezou agradecido pela recuperação do filho, salvo do inferno das drogas. E por isso, por tanta ternura escondida, nos atrevemos a proclamar: Feliz Ano Novo, feliz 2012!

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