sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A LEI DA PALMADA E SEUS EQUIVOCOS

O ano de 2011 deixou para este ano a decisão sobre um projeto polêmico, a Lei das Palmadas. A Câmara dos Deputados aprovou a lei que proíbe a aplicação de palmadas ou castigos físicos em crianças e adolescentes. A proposta, que agora será examinada pelo Senado, foi modificada e não mais criminaliza a aplicação dos castigos corporais, mas estabelece outras formas de punição aos pais.

O simples bom senso desaconselha todo tipo de violência contra qualquer pessoa, em especial contra crianças, quase sempre indefesas. Lamentavelmente, são muitas as crianças que sofrem humilhações e agressões nos lares. Podemos, no entanto, questionar a legitimidade do Estado em interferir no direito e dever de educar. Punir os abusos é o dever do Estado, que não pode deixar pais e responsáveis de mãos amarradas. Educar é tarefa e responsabilidade da família, dos pais.
Com essa lei tenta-se passar um conteúdo ideológico de liberdade total à criança. Já os antigos diziam: quando os pais não castigam (corrigem) seus filhos, a vida se encarregará de fazê-lo. As crianças, desde os primeiros anos, devem saber que existem limites, que há coisas que devem ser feitas e coisas que não devem ser feitas. São muitos os lares que fazem das crianças pequenos reis e rainhas. Elas levarão para a vida a certeza de que todas as suas vontades e caprichos deverão ser satisfeitos.
Parece que os legisladores não estão preocupados com problemas educacionais, mais graves. O que o Estado tem a dizer dos pais omissos, dos lares desfeitos, dos filhos abandonados, logo envolvidos pela droga e pelo crime?
Gerações e gerações estão aí para confirmar que algumas punições, na hora certa e feitas com serenidade, ajudaram a formar pessoas de bem. Olhando para a sociedade, concluímos que faltaram algumas palmadas na hora certa. Mais desumanas que algumas palmadas são a omissão, a falta de exemplo e a falta de amor.

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