quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

EXPORTAÇÃO RURAL EXPLODE E MOSTRA A RAZÃO DA FORÇA POLÍTICA DO SETOR

No primeiro dia útil do ano, o governo divulgou o resultado da balança comercial em 2011 e já se sabia que, mais uma vez, o agronegócio fora decisivo para os recordes de exportação e o para o maior saldo comercial desde 2007, mesmo em um ano de crise global. Agora, ao segmentar parte dos números, o governo permite que se dimensione o peso econômico do setor rural que, em alta, acaba proporcionando mais força política também, como se vê na falta de um plano de reforma agrária da gestão Dilma e no avanço do novo Código Florestal no Congresso.

Em 2011, ao fazer negócios com o exterior, o agronegócio gerou duas vezes e meia mais dólares ao país, do que o conjunto da economia. O saldo comercial dos ruralistas foi de US$ 77 bilhões, enquanto o do Brasil em geral foi de US$ 30 bilhões. O dado, divulgado nesta terça-feira (10) pelo ministério da Agricultura, sugere o tamanho do prejuízo pela indústria, afetada por um dólar ainda barato demais e, mais do que qualquer outro setor, pela crise global.
No ano passado, apesar desta mesma crise global, de problemas climáticos e de um embargo russo contra o Brasil, as exportações do agronegócio registraram novo recorde, alcançando o melhor ano desde 1997. O país exportou US$ 94 bilhões, 24% a mais do que em 2010, e o ministro Mendes Ribeiro já sonha com uma marca centenária. “Francamente, temos condições de ultrapassar os US$ 100 bilhões em exportações do agronegócio este ano”, afirmou.

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